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Anvisa está pronta para avaliar uso emergencial de vacinas contra covid

Autorização emergencial só valerá para públicos específicos e para imunizantes que já estejam na fase 3 de testes no Brasil

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 13h03.

Última atualização em 10 de dezembro de 2020 às 13h20.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está pronta para receber os pedidos de autorização de uso emergencial e experimental de vacinas contra a covid-19. A agência aprovou a criação deste tipo de autorização em reunião extraordinária na manhã desta quinta-feira (10). As autorizações, entretanto, só devem ser concedidas a partir de solicitações das farmacêuticas que cumprirem requisitos e regras específicos - o que ainda não aconteceu.

Qualquer autorização concedida pela Anvisa, qualquer anuência, só será feita diante de um pleito. A vacina só terá autorização de uso emergencial e experimental se houver o pleito realizado por alguma empresa.

Alessandra Bastos Soares, diretora da Anvisa

Por ser temporária, qualquer autorização emergencial eventualmente concedida pode ser modificada, suspensa ou cancelada a qualquer momento a partir de critérios técnicos e científicos. Segundo Soares, a agência ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou até mesmo de registro de vacinas.

Na quarta-feira (2), a agência reguladora definiu os requisitos para receber esses pedidos de laboratórios e fabricantes de vacinas: as autorizações serão concedidas apenas aos imunizantes cujos estudos já estiverem na fase 3 no Brasil, e serão restrita a um público previamente definido.

No momento, no Brasil existem quatro vacinas nessa fase final de testagem, desenvolvidas pelas seguintes empresas: AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford; Pfizer, em parceria com a BioNTech; Johnson & Johnson, por meio da subsidiária Janssen, e a Coronavac, do laboratório Sinovac.

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