Repórter
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 15h40.
Última atualização em 27 de novembro de 2025 às 16h51.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta-feira, 27, o recolhimento de lotes de sabão líquido das marcas Ypê e Tixan Ypê por risco sanitário associado à presença de bactérias.
A medida foi tomada após a fabricante Química Amparo Ltda. identificar, em análises laboratoriais internas, a presença da Pseudomonas aeruginosa — microrganismo capaz de causar infecções cutâneas e, em casos mais graves, problemas respiratórios e urinários, especialmente em pessoas com imunidade comprometida.
A Anvisa também determinou a suspensão imediata da comercialização, distribuição e uso dos lotes afetados. A liberação dependerá da comprovação de que os riscos foram eliminados.
Segundo a agência, a ação visa prevenir danos à saúde pública e segue protocolos de vigilância sanitária aplicáveis a produtos com risco de contaminação microbiológica. A lista dos lotes sob recolhimento deve ser publicada em documento técnico anexo à resolução.
Além de proibir a comercialização, a Anvisa orienta que os produtos contaminados não sejam utilizados em residências, lavanderias ou estabelecimentos comerciais.
Procurada pela EXAME, a Ypê afirmou que a determinação da Anvisa está associada à checagem dos produtos feitas pela própria empresa e acompanha o recolhimento dos lotes. Veja a íntegra a seguir:
"A Química Amparo informa que a publicação da Anvisa está diretamente relacionada às análises realizadas pela própria empresa. Trata-se de uma medida preventiva e cautelar, aplicada a 14 lotes específicos de lava-roupas. A cia reforça que, segundo a autoridade sanitária e considerando as características normais de uso do produto (diluição em água e ausência de contato prolongado com a pele) o risco ao consumidor é considerado baixo.
A Química Amparo já havia identificado a necessidade do recolhimento e comunicado ao mercado, com informações divulgadas em todos os canais oficiais da marca".
Além dos produtos de limpeza, a Anvisa determinou o recolhimento de todos os lotes do Smart Hair Micro – Smart GR, fabricado pela empresa Klug Indústria Química e de Cosméticos Ltda.
O item havia sido registrado como cosmético, mas análises apontaram que ele induzia o consumidor a um uso invasivo, ou seja, ultrapassando a camada superficial da pele e dos cabelos.
"Ele possui características que induzem o usuário à aplicação e ao uso de forma invasiva, ou seja, além da camada superficial da pele e cabelos. Portanto, o produto não se enquadra como cosmético, estando irregular", explica o comunicado da Anvisa.
Além do recolhimento, a Anvisa também proibiu a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso do produto para cabelo.