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Anvisa avalia no domingo o uso emergencial de vacina do Butantan e da Fiocruz

O prazo terminaria na segunda-feira, 18. Anvisa condicionou a análise ao envio de documentos faltantes dos dois laboratórios

Frascos rotulados como de vacina contra Covid-19 em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração
31/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic (Dado Ruvic/Reuters)

Frascos rotulados como de vacina contra Covid-19 em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração 31/10/2020 REUTERS/Dado Ruvic (Dado Ruvic/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 18h36.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 10h17.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para o domingo, 17, uma reunião da Diretoria Colegiada, na qual serão avaliados os pedidos de uso emergencial das vacinas contra a covid-19 do Instituto Butantan/Sinovac e da Fiocruz/AstraZeneca. O prazo limite para esta análise terminaria no dia 18, segunda-feira.

Em nota divulgada à imprensa, a Anvisa condiciona o parecer à “entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares”, diz.

Segundo a agência, a vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, tem 40% dos documentos analisados, 37% ainda precisam de complementação e quase 6% ainda não foram apresentados.

No caso do imunizante da Fiocruz, feito em parceria com a AstraZeneca, já foi concluída a análise de 32% dos documentos, 53% estão em análise, e 14% ainda precisam de complementação.

Vacina do Butantan tem eficácia de 50,38%

Nesta terça-feira, 12, o Instituto Butantan divulgou a eficácia geral da vacina contra a covid-19, a chamada Coronavac, que ficou em 50,38%. Este valor e indica a capacidade do imunizante de evitar casos sintomáticos da doença.

Apesar da eficácia ser mais mais baixa que outras vacinas (as da Pfizer e da Moderna ficaram acima de 90%), está no limite mínimo exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 50%. Está também dentro dos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ricardo Palácios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantan, explicou que a eficácia ficou mais baixa porque considerou a resposta imunológica também em casos muito leves da doença, que não necessitam de atendimento médico.

Início da vacinação

Ainda não há uma data certa para o início da vacinação no Brasil. Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que vai começar “no dia D, na hora H”, sem dar mais detalhes. Internamente, o governo trabalha com a possibilidade de iniciar no dia 20 de janeiro.

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a compra das 40 milhões de doses da vacina que serão produzidas pelo Butantan e mais 6 milhões importadas prontas pelo instituto.

Há ainda 2 milhões de doses prontas que a Fiocruz deve receber nos próximos dias, vindas de um fornecedor da AstraZeneca na Índia. Pazuello disse que assim que as doses chegarem, a vacinação começará em poucos dias.

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