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Anvisa autoriza importação de material para SP fabricar vacina chinesa

Dirigentes do Instituto Butantan vinham reclamando que o órgão estava demorando a permitir a importação

João Doria, com a Coronavac: ainda não há vacina autorizada contra a covid-19 no país (Governo de São Paulo/Divulgação)

João Doria, com a Coronavac: ainda não há vacina autorizada contra a covid-19 no país (Governo de São Paulo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2020 às 17h58.

Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 19h37.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira, 28, autorizar a importação da matéria-prima da Sinovac, necessária para que o Instituto Butantan fabrique a vacina chinesa contra a covid-19, informou o órgão regulador em comunicado. Ainda não há vacina registrada no país.

A decisão da Anvisa de autorizar a importação do insumo foi tomada em caráter excepcional, após alegação do diretor do Butantan, Dimas Covas, de que estaria havendo demora na liberação dessa etapa.

“Foi solicitada no dia 23 de setembro a autorização de importação do insumo. Até o dia de hoje não saiu. Cada dia que nós aguardamos é um dia a menos de vacina pronta”, disse ele em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 28.

Na mesma entrevista, ele afirmou que a fábrica do Butantan já está pronta para produzir 40 milhões de doses da vacina, assim que for autorizado.

“A fábrica está aguardando a chegada da matéria-prima da China para fabricar 40 milhões de doses. Essas estão garantidas até dezembro de 2020, incluindo as 6 milhões de doses que já vêm prontas. O início de vacinação depende do programa que se seguirá. Ele poderá ser estadual ou federal. Nunca houve uma campanha que não fosse nacional”, afirmou Dimas Covas.

A grande questão é se a vacina vai fazer parte do Programa Nacional de Imunizações. Estar no cronograma do Ministério da Saúde garantiria cerca de 2 bilhões de reais necessários para produzir mais 60 milhões de doses.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás sobre a compra, após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantir a aquisição de 46 milhões de doses do Butantan, caso a eficácia fosse comprovada. O episódio gerou diversas trocas de acusações entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.

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