Vacina da chinesa Sinovac em testagem: vacina da Johnson & Johnson se soma às vacinas atuais em teste (Getty Images/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 18 de agosto de 2020 às 10h15.
Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 10h26.
A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) aprovou nesta terça-feira, 18, a realização de testes no Brasil de mais uma vacina contra o novo coronavírus. Trata-se da imunização produzida pela farmacêutica belga Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson.
De acordo com a Anvisa, os testes com a candidata a vacina Ad26.COV2.S em Fase 3, a última antes do registro, serão feitos no Brasil com 7 mil voluntários distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
A autorização foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada pelo gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes Limas Santos. Esse será o estudo 4º estudo para encontrar uma vacina contra a covid-19 que será conduzido no Brasil.
A potencial vacina da Johnson & Johnson é composta de um vetor de adenovírus constituído para codificar a proteína do novo coronavírus, que causa a Covid-19. No total, os testes com a candidata a imunizante serão feitos com 60 mil voluntários em todo o mundo.
"O estudo Fase 1/2 com a vacina candidata foi iniciado em julho de 2020 nos EUA e Bélgica. O ensaio clínico Fase 3 aprovado será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento, obtidos do estudo de Fase 1/2 e do próprio estudo de Fase 3, sejam satisfatórios para continuidade do estudo", disse a Anvisa em nota.
A farmacêutica, no entanto, ainda não apresentou os resultados das fases 1 e 2, que foram realizadas nos Estados Unidos e na Bélgica.
Este é o quarto estudo clínico de uma potencial vacina contra a Covid-19 autorizado pelo órgão regulador.
Além dessa, o Brasil testa também outras três possíveis imunizações para a covid-19: a da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZenaca; a da Sinovac, desenvolvida com o Instituto Butantan, e a da Pzifer junto com a BioNTech.
De todas essas, a de Oxford é a que se mostra mais promissora. Segundo um estudo publicado narevista científica The Lancet, a fórmula teve bons resultados e gerou resposta imune contra o novo coronavírus. Para a Organização Mundial da Saúde, essa é a vacina mais avançada no mundo.
(Com Reuters)