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ANTT: governo prevê que TAV fique pronto em 2019

O trem ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas com um transporte de alta velocidade

O governo anunciou então que adotará um novo modelo de licitação, em duas etapas: uma para selecionar a tecnologia a ser usada e quem cuidará da operação do trem (ChinaFotoPress/Getty Images)

O governo anunciou então que adotará um novo modelo de licitação, em duas etapas: uma para selecionar a tecnologia a ser usada e quem cuidará da operação do trem (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 14h36.

São Paulo - A expectativa atual do governo é de que o Trem de Alta Velocidade (TAV) seja concluído em 2019, três anos após a última previsão, feita antes do leilão marcado para julho, que era 2016. A afirmação foi feita hoje pelo diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, que participa da 17ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em São Paulo. Ele estima que os estudos de engenharia levarão entre um ano e um ano e meio para ficarem prontos.

O governo chegou a realizar, em julho, após dois adiamentos, um leilão para a concessão do TAV, mas a iniciativa fracassou, já que nenhuma empresa apresentou proposta. O governo anunciou então que adotará um novo modelo de licitação, em duas etapas: uma para selecionar a tecnologia a ser usada e quem cuidará da operação do trem, outra para escolher o responsável pela construção da ferrovia que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

Segundo Bernardo Figueiredo, está mantida a ideia de que, caso alguma construtora participe de um consórcio vencedor como investidora, não poderá ser contratada para realizar as obras do projeto. "Queremos um processo transparente. Se uma mesma empresa investidora for responsável pelas obras, há o risco de o custo real ser mascarado", afirmou Figueiredo. Ele disse que as obras serão divididas em pelo menos dez lotes. "Queremos a participação ampla de várias construtoras, inclusive de pequenas e do exterior."

Ele também reafirmou que o governo assumirá a responsabilidade de pagar a conta, caso a demanda não seja suficiente para que o operador do TAV (vencedor da primeira fase da licitação) pague o arrendamento combinado pelo uso da infraestrutura (cobrado pelo vencedor da segunda fase), já que uma parte do valor do aluguel será fixa e outra dependerá do número de passageiros.

Segundo Figueiredo, concessionárias de rodovias como a CCR, a EcoRodovias e a Invepar estão interessadas no projeto. "As empresas de ônibus também manifestaram interesse em participar como operadoras", disse. De acordo com Figueiredo, a ANTT foi procurada pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati). A ANTT está concluindo entre esta semana e a próxima o novo edital do TAV, que deve ser apresentado para audiência pública em outubro. A previsão é de que o edital definitivo fique pronto em novembro e o leilão seja realizado no primeiro semestre de 2012.

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