Antonio Palocci: Ex-ministro está preso desde setembro do ano passado na Lava Jato por ordem do juiz Sérgio Moro (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de junho de 2017 às 11h12.
A defesa de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, relacionou o também ex-ministro Guido Mantega aos pagamentos ilegais da Odebrecht em conta na Suíça dos ex-marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura.
Essa atribuição a Mantega consta das alegações finais apresentadas à Justiça Federal em Curitiba, onde Palocci está preso desde setembro do ano passado na Lava Jato por ordem do juiz Sérgio Moro. A defesa também pede a absolvição.
A defesa de Palocci não cita nominalmente Mantega. Porém, os advogados de Palocci destacam trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht que atribuem a Mantega a gestão dos pagamentos ao PT após julho de 2011. "Importante ressaltar que os valores constantes da planilha Italiano não eram destinados ao acusado, mas, sim, ao Partido, de forma que, após Antonio Palocci deixar o governo, o montante passou a ser gerido por terceira pessoa, como resta claro do interrogatório de Marcelo Odebrecht."
Essa terceira pessoa seria Mantega, sugerem as alegações finais da defesa. O documento aponta uma frase do depoimento de Marcelo que cita o nome de Mantega. "Quem autorizava os pagamentos era no início Palocci e depois, a partir de meados de 2011, o Guido."
No governo Dilma, Palocci deixou o Ministério da Casa Civil em junho de 2011. O Estado não conseguiu entrar em contato com a defesa de Mantega para comentar as alegações dos advogados de Palocci. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.