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Torcida belga se impõe em animação diante dos russos

Torcedores não se intimidaram com o clima de austeridade imposto pela segurança reforçada nos arredores do estádio do Maracanã

Torcedores belgas chegam ao Maracanã para partida contra a Rússia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Torcedores belgas chegam ao Maracanã para partida contra a Rússia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h40.

Rio de Janeiro - As torcidas da Bélgica e da Rússia não se intimidaram com o clima de austeridade imposto pela segurança reforçada nos arredores do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para a partida entre as seleções dos dois países na Copa do Mundo neste domingo, que terminou com vitória dos "Diabos Vermelhos" por 1 a 0.

Os belgas se impuseram aos russos - em menor número, mas não menos empolgados - e criaram uma maré vermelha animada e otimista. A cada oportunidade, um bandeirão da Bélgica era estendido sobre uma das ruas que circundam o estádio.

A bandeira era apenas uma das muitas formas que os belgas encontraram para mostrar como apoiam a seleção. No meio das dezenas de torcedores, era possível ver um grupo acompanhado de bonecos dos personagens "Smurfs".

"Por que os Smurfs? Porque são belgas", explicou o torcedor, que se identificou como Eric, diante do estranhamento com a relação.

Para estar na Copa, ele deixou temporariamente o emprego e ainda contou com a ajuda da esposa. "Deixei minha mulher em casa com nossos dois filhos. Ela não pôde vir porque eles são muito pequenos. Eu a agradeço, ela me deu esse presente", contou.

Em meio a outro grupo, a policial Caroline Goussaert estava bastante animada com a partida. "Não acho que a Bélgica vai ganhar, tenho certeza", afirmou. Ela e os amigos estão acampados na Zona Oeste do Rio de Janeiro com outros 500 compatriotas.

Ela disse que não deve ir às outras partidas, mas os amigos viajantes vão acompanhar cada duelo de sua seleção, pelo menos na primeira fase.

Do outro lado, os torcedores da Rússia marcavam território com bandeiras, trajes típicos e gritos de guerra. Não era nada difícil ouvi-los entoar o nome do país para quem quisesse ouvir e o clima era de descontração entre ambas torcidas.

O casal de russos Evgenii Koshkarov e Svetlana Plesovskikh acreditavam numa vitória por 3 a 1, mas reconheciam que a partida não seria fácil.

Vestido e pintado com as cores do país no rosto, o administrador Dmitry Baranov pensava o mesmo. "Vamos dar o nosso melhor para ganhar os três pontos hoje. Acredito que Capello (Fabio Capello, técnico da Rússia) vai conseguir vencer com sua estratégia e tudo estará bem", assegurou Baranov.

"Vamos chegar às finais, devemos chegar lá", completou Alina Shatalova, esposa de Baranov. Ambos estão no Brasil pela primeira vez e, apesar da avaliação positiva do país, afirmam que a organização deixa a desejar.

"Não é fácil para nos porque nem todas pessoas falam inglês, mas apesar disso estamos tentando e fazendo o possível e pretendemos ver todas as partidas, se a Rússia avançar".

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