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Antes das eleições, CEF erra e paga Bolsa Família maior

Caixa Econômica Federal alega que repasse indevido, nos meses de setembro e outubro de 2010, ocorreu por um erro do sistema do banco

Cartão do Bolsa-Família: Caixa vai cobrar dos beneficiários valores repassados a mais (ROBERTO SETTON /EXAME)

Cartão do Bolsa-Família: Caixa vai cobrar dos beneficiários valores repassados a mais (ROBERTO SETTON /EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h35.

Brasília - A quantia de R$ 11,153 milhões foi transferida indevidamente para a conta de 82.595 famílias beneficiárias do Bolsa Família, segundo informações da Caixa Econômica Federal (CEF). O repasse ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2010 e foi provocado por um erro do sistema do banco. Agora, a Caixa afirma que vai cobrar dos beneficiários os valores repassados a mais, com descontos que começarão a ser feitos a partir de março.

Segundo o superintendente nacional de programas sociais da Caixa Roberto Barreto, o problema foi identificado no fim de outubro e corrigido em novembro. Ele frisou que não há relação entre a falha do sistema e o período eleitoral. “Foi uma fatalidade, um erro. A Caixa vai buscar o ressarcimento para que a União e a sociedade não sejam prejudicadas”, disse.

Barreto explicou ainda que todas as famílias que receberam um benefício maior do que o devido receberão uma notificação do banco, informando que o valor pago a mais será descontado do benefício do mês seguinte. O desconto mensal não será superior a 25%, ou seja, algumas famílias devolverão o dinheiro em até 27 meses. “Algumas conseguirão pagar em duas parcelas. Outras precisarão de 27 meses. Mas 75% das famílias vão devolver os recursos em até 12 meses.”

Segundo Barreto, o problema no sistema ocorreu no momento da atualização dos cadastros desses beneficiários. Com isso, algumas famílias que não teriam mais direito ao valor básico do benefício acabaram recebendo o montante indevidamente. A maior parte das famílias que receberam a mais, 50,34%, é do Nordeste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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