Agência de notícias
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 12h51.
Última atualização em 12 de agosto de 2025 às 13h44.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta terça-feira que as “arestas” com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), foram superadas após reunião nesta manhã na residência oficial.
Segundo ele, o entendimento é que o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro não será pautado nesta semana, ficando em segundo plano para a votação do fim do foro privilegiado.
"Depois da semana passada, a gente tem de aparar arestas, alinhar as coisas. Está tudo superado. O foco da reunião era a gente se acalmar depois do que aconteceu. Não vamos pautar a anistia agora. O acordo foi pautar o fim do foro, aprovar nas duas Casas e, depois, pautar a anistia. Assim, a gente tira a corda do pescoço dos parlamentares", disse Sóstenes.
A reaproximação ocorre após o PL liderar um movimento de obstrução na semana passada, que tensionou a relação da oposição com Motta.
Nos bastidores, aliados apontam que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro entrou em campo para orientar paciência e evitar novos embates com o presidente da Câmara. Bolsonaro teria dito a deputados que é preciso dar a Motta “a sensação de autonomia” para que a pauta da anistia avance no momento certo.
Na contramão de Sóstenes, o líder do PT, Lindbergh Farias, afirmou que a aprovação do fim do foro privilegiado seria uma “imoralidade”.
"Retroceder a ponto de que para abrir qualquer inquérito criminal, ter de ter autorização do Parlamento. Gente, deputado tem importância, mas não é Deus não, são cidadãos como os outros. Eu não acho que passa assim não", disse Lindbergh Farias.