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Anefac: aumento da Selic terá pouco efeito para o consumidor

Maior alteração será no juro do CDC, que ficará 1,63% mais caro

Segundo pesquisa da Anefac, financiamentos serão pouco impactados pela nova taxa (Exame)

Segundo pesquisa da Anefac, financiamentos serão pouco impactados pela nova taxa (Exame)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 22h09.

São Paulo - O aumento da taxa básica de juros, promovido pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (2), terá efeitos mínimos no crédito ao consumidor. Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a maior alteração deve ocorrer nos juros do financiamento de automóveis (CDC dos bancos), que ficarão 1,63% mais caros.

A tabela abaixo mostra a variação de diferentes modalidades de crédito após o aumento da taxa Selic:

Linha de Crédito Taxas atuais (ao mês) Novas taxas Variação (%)
Juros comércio 5,79% 5,83% 0,69%
Cartão de crédito 10,69% 10,73% 0,37%
Cheque especial 7,63% 7,67% 0,52%
CDC Bancos 2,46% 2,50% 1,63%
Empréstimo Bancos 4,85% 4,89% 0,82%
Empréstimo financeira 9,68% 9,72% 0,41%
Taxa média 6,85% 6,89% 0,58%

Esta pequena diferença se deve ao fato de existir um deslocamento grande entre a Selic e as taxas cobradas ao consumidor. Estas últimas, em média, chegam a 119,97% ao ano provocando uma variação de mais de 1.000,00% entre as duas pontas.

Os efeitos práticos do aumento da taxa básica de juros podem ser observados, por exemplo, em operações de financiamento de bens de maior valor, como automóveis. Um veículo que custa 25 mil reais, financiado em 60 prestações, seria pago em parcelas de 801,48 reais na taxa antiga. Os juros do financiamento seriam de 2,46% ao mês. O preço final do carro chegaria a 48.088 reais.

Com o aumento no juro básico, que chega a 11,75% ao ano, a mesma compra agora será feita nas seguintes condições: os juros do financiamento serão de 2,50% ao mês. Assim, no financiamento em 60 parcelas, agora de 808,83 reais, o preço final será de 48.529,80 reais.

No caso do cheque especial, a diferença também é pequena. Os juros passam de 7,63% para 7,67% ao mês. Assim, ao utilizar a quantia de 1.000 reais durante 20 dias, o consumidor que pagava 50,87 reais de juros, passa a pagar 51,13 reais.

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