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Andrea Neves: da sombra de Aécio para centro de escândalo

A irmã de Aécio Neves sempre foi mentora e articuladora política do tucano; agora ela está presa, após delação da JBS

Andrea: ela passou a ser conhecida, no entanto, a partir do primeiro mandato do irmão como deputado federal, em 1987 (Cristiane Mattos/Reuters)

Andrea: ela passou a ser conhecida, no entanto, a partir do primeiro mandato do irmão como deputado federal, em 1987 (Cristiane Mattos/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de maio de 2017 às 09h45.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 09h47.

Belo Horizonte - Mentora e articuladora política do irmão, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves foi figura presente nos três mandatos do tucano em Minas.

Presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) por 11 anos, a partir de 2003, recebia parlamentares, prefeitos e peneirava demandas para Aécio. Andrea foi presa nesta quinta-feira, 18.

Sua atuação política, porém, começou bem antes, parte dos fundadores do PT no Rio de Janeiro. Estava no Riocentro no atentado de 1981, em comemoração ao Dia do Trabalho. Passou a ser conhecida, no entanto, a partir do primeiro mandato do irmão como deputado federal, em 1987.

No governo mineiro, seu poder chegou a tal proporção que, durante o primeiro mandato de Aécio, em uma missa de fim de ano realizada no Palácio da Liberdade, foram formadas duas filas para cumprimentos a Aécio e Andrea. A fila para a da presidente do Servas era maior que a do tucano.

Jornalista, também se encarregava do contato com a direção dos jornais, rádios e televisões do Estado. Sempre com o objetivo de garantir a melhor imagem para o tucano.

O atual secretário de estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, um dos mais ferrenhos críticos de Aécio Neves, diante da atuação de Andrea, a apelidou de "Goebbels das Alterosas", em referência ao ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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