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André Mendonça vota para aceitar recurso da PGR contra decisão que beneficiou Marcelo Odebrecht

Votação do STF está empatada e dois votos à favor e dois contra; voto decisivo será de Nunes Marques; ministros analisam anulação de atos da Lava-Jato contra empresário

André Mendonça (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

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Agência o Globo
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Publicado em 6 de setembro de 2024 às 11h56.

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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para aceitar um recurso da Procuradoria Geral da República (PGR) contra a decisão do ministro Dias Toffoli de anular todos os atos da Operação Lava-Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht. Com o voto de Mendonça, o julgamento empatou em dois votos a dois, e será decidido pelo ministro Nunes Marques.

O recurso está sendo analisado pela Segunda Turma do STF, no plenário virtual, com previsão de ser encerrado nesta sexta-feira. Toffoli votou para manter sua decisão, e foi acompanhado por
Gilmar Mendes. Edson Fachin abriu divergência, e foi seguido agora por Mendonça.

Toffoli baseou sua decisão em diálogos entre procuradores da Lava-Jato e o entã juiz Sergio Moro (hoje senador). O ministro afirmou que as mensagens demonstrariam que "procurador e magistrado passaram, deliberadamente, a combinar estratégias e medidas contra o requerente, sobre o qual conversavam com frequência".

Mendonça, contudo, alegou que mesmo que seja reconhecida uma ilegalidade no conteúdo dos diálogos, "tal conclusão não poderia implicar o trancamento geral de todo e qualquer procedimento". O ministro ressaltou que o acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht foi homologado pelo próprio STF.

Assim como havia feito Fachin, o ministro também destacou que a decisão foi originada em processos sobre demais diversos e que não é possível fazer sucessivas extensões de efeitos.

 

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