Brasil

Anac vai apurar drones e salto de paraquedas da Portela

A Anac instaurou dois processos administrativos para apurar o uso de drones e o salto de quatro paraquedistas durante o desfile da Portela, no Sambódromo do Rio

Membro da escola de samba Portela opera drone durante desfile no Carnaval 2015 (Sergio Moraes/Reuters)

Membro da escola de samba Portela opera drone durante desfile no Carnaval 2015 (Sergio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 19h57.

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou dois processos administrativos para apurar o uso de drones e o salto de quatro paraquedistas durante o desfile da Portela, na noite de segunda-feira, no Sambódromo do Rio.

Em nota, a agência informou que a operação dos veículos aéreos não tripulados (Vants) é proibida em áreas densamente povoadas e sem o Certificado de Autorização de Voo Experimental. Só nas arquibancadas, frisas e camarotes do sambódromo havia 72 mil pessoas.

De acordo com o texto divulgado pela agência, os operadores dos drones pediram no último dia 12 informações sobre o uso dos equipamentos e foram avisados sobre os procedimentos que deveriam adotar. Mas não formalizaram a intenção de utilizá-los.

"Diante das operações com os drones sem a devida autorização e fora das regras da agência, foi aberto um processo administrativo para notificar a escola e o operador responsável pelos equipamentos com o objetivo de obter mais informações, que serão analisadas para eventuais autuações. O infrator estará ainda sujeito a ações de responsabilidade civil e penal", informa a nota.

No enredo sobre o aniversário do Rio, a Portela usou 450 drones que representavam mini águias, uma para cada ano da cidade.

O desfile teve ainda uma águia-robô, que sobrevoou a Sapucaí, e três drones-bola no carro que reproduzia o estádio do Maracanã. Antes do desfile, quatro paraquedistas com efeitos especiais na roupa saltaram de helicóptero a 850 m de altura. Eles eram liderados pelo campeão mundial de skysurf, Gui Pádua. Os paraquedas traziam o nome da escola.

Segundo a Aeronáutica, foi expedido um Notam, documento com informações sobre local e horário do pouso dos paraquedistas, que serve de alerta para aviadores na região. Mas a Anac também instaurou processo administrativo para apurar em que condições ocorreu o lançamento dos paraquedistas.

"Para o lançamento de paraquedistas, o piloto deve possuir licença LPDQ e obedecer diversos requisitos de segurança expedidos pelos regulamentos da Agência, tais como o número de ocupantes da aeronave, a procedência da mesma aeronave, entre outros fatores", informou a agência na nota. A Portela informou que está "buscando autorização" para repetir o salto de paraquedas no sábado das campeãs.

Acompanhe tudo sobre:AnacAviaçãoAviõesCarnavalcidades-brasileirasDronesEscolas de sambaMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua