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ANA estuda nova fonte de captação para o Sistema Cantareira

Agência Nacional de Águas trabalha com possibilidade de captação do Rio Paraíba do Sul, devido ao nível do manancial que chegou à menor marca de sua história


	Rio Paraíba do Sul: Rios de SP, MG e RJ fazem parte da bacia do Rio Paraíba do Sul, que é a principal fonte de captação de água para Grande Rio e de algumas cidades paulistas da região (Hamilton Correa/FAÇA E VENDA)

Rio Paraíba do Sul: Rios de SP, MG e RJ fazem parte da bacia do Rio Paraíba do Sul, que é a principal fonte de captação de água para Grande Rio e de algumas cidades paulistas da região (Hamilton Correa/FAÇA E VENDA)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 14h05.

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (19) que a Agência Nacional de Águas (ANA) está estudando a possibilidade de captar água do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira. O nível do manancial chegou à menor marca de sua história, 14,9% da capacidade total.

O Cantareira é o maior reservatório de água de São Paulo e abastece quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana. A situação é a pior desde que o sistema foi criado, na década de 1970.

Rios de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro fazem parte da bacia do Rio Paraíba do Sul, que é a principal fonte de captação de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro e de algumas cidades paulistas da região.

Alguns reservatórios de hidrelétricas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) regulam a vazão do rio e é deles que o governo de São Paulo estuda captar água para o Cantareira. “O governador pediu que nós, do governo federal, avaliássemos tecnicamente essa proposta, quanto ao impacto e à energia gerada. E também fazer a interlocução técnica com Minas Gerais e Rio de Janeiro”, disse a ministra Izabella, sobre a reunião que teve ontem com a presidenta Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Segundo a ministra, a proposta faz parte de um plano do governo do estado para segurança de recursos hídricos para a macrometrópole de São Paulo. “Ele fez uma avaliação com a presidenta e mostrou a estratégia de trabalho. É uma obra que, no planejamento deles, levaria de 12 a 14 meses para ser feita, então foi uma reunião de exposição sobre como São Paulo está olhando, estrategicamente, pós-2014”, disse a ministra.

A ministra explicou que a situação de São Paulo é grave e ocorre por causa de um regime de chuvas com baixíssimas precipitações. "Isso fez com que o nível da água no reservatório do Cantareira experimente os menores níveis da sua história, abaixo inclusive do que registrou na pior seca, de 1953”, ressaltou.

Ela explica ainda que a estratégia do governo do estado de São Paulo, responsável pela operação do sistema, é prolongar ao máximo a vida útil do reservatório no período chuvoso, até meados de abril, e com isso controlar a situação de 2014, até que as chuvas recomessem no final do ano.

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