Brasil

ANA cobra previsões reais de chuva pela Sabesp

A Agência Nacional de Águas acusou a Sabesp de exagerar nas previsões de chuvas que deveriam ter atingido o Sistema Cantareira


	Sistema Cantareira: ANA cobrou previsões "reais" por parte da Sabesp até abril de 2015
 (Divulgação/Sabesp)

Sistema Cantareira: ANA cobrou previsões "reais" por parte da Sabesp até abril de 2015 (Divulgação/Sabesp)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 21h17.

Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) acusou na noite desta terça-feira a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de exagerar nas previsões das chuvas que deveriam ter atingido o Sistema Cantareira em outubro e novembro.

Segundo nota divulgada pelo órgão federal, a estatal trabalhou com estimativas das chamadas "vazões afluentes" de 15,4 e 23,7 metros cúbicos por segundo para os meses, respectivamente.

Como a chuva foi de 4 e 6 metros cúbicos por segundo, em cada mês, "correspondendo a uma diferença de 76,6 milhões de metros cúbicos por segundo (bilhões de litros) a menos do que foi planejado pela Sabesp", a ANA cobrou previsões "reais" por parte da estatal até abril de 2015.

"Reafirma-se a preocupação desta agência quanto ao planejamento do Sistema (Cantareira) pela Sabesp que, em desacordo com o recomendado pela ANA, utilizou previsões de vazões afluentes ao Sistema Equivalente (volume morto) muito acima daquelas efetivamente verificadas em outubro e em novembro", registrou.

A ANA cobrou ainda "previsões conservadoras" por parte da Sabesp para que o Cantareira atinja o volume de 97,4 bilhões de litros em abril de 2015. O conservadorismo foi reclamado pela agência para que "as demandas pretendidas pela Sabesp sejam adequadas às reais disponibilidades do Sistema Equivalente e ao volume meta estabelecido para o final do período chuvoso, em 30 de abril de 2015".

Apesar das críticas do órgão federal, foi autorizado para dezembro o acesso pela Sabesp a 30 bilhões de litros da segunda cota do volume morto do Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo. O volume é menor que os 39 bilhões de litros liberados para o mês de novembro.

A autorização faz parte de um novo acordo entre a ANA e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo, no qual os órgãos reguladores federal e estadual deverão divulgar mensalmente a quantidade de água que a Sabesp poderá sacar da segunda cota do volume morto.

O acerto é parte da busca por uma solução, por parte do governo paulista, para conseguir um acordo com o com Rio de Janeiro e Minas Gerais sobre a transposição do Rio Paraíba do Sul. A agência federal também autorizou uma redução na vazão retirada pela Sabesp dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que formam a Bacia do PCJ. A estatal de São Paulo poderá sacar o limite de 3 metros cúbicos por segundo desses rios - em novembro, esse volume era de 4 metros cúbicos por segundo.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaChuvasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstado de São PauloEstatais brasileirasSabespSaneamentoServiços

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas