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Ampliação de CPI da Petrobras não é problema, diz Campos

"Nós estamos tranquilos, que se investigue o que quiser ser investigado", afirmou o presidenciável


	Eduardo Campos: "não vamos ter uma atitude infantil de achar que se vai barrar esse processo de investigação", criticou
 (Antonio Cruz/ABr)

Eduardo Campos: "não vamos ter uma atitude infantil de achar que se vai barrar esse processo de investigação", criticou (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 17h29.

Recife - Pré-candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira, 31, não ter conversado nem pretender conversar com o senador Aécio Neves, presidenciável do PSDB, sobre uma eventual estratégia para fazer frente à decisão do governo de ampliar a CPI da Petrobras para investigar licitações de trens urbanos no governo tucano em São Paulo e irregularidades em obras do Porto de Suape em Pernambuco.

"Não conversei com ninguém sobre isso e não vou conversar", afirmou, em entrevista, no Palácio do Campo das Princesas, depois de lançar o projeto Pernambuco Tridimensional, que irá fazer o mapeamento digital a laser, em alta resolução, dos 98 mil quilômetros quadrados de área do Estado.

"Nós estamos tranquilos, que se investigue o que quiser ser investigado", reafirmou, ao ser indagado sobre a ampliação das investigações da CPI como forma de atingir os adversários do governo federal nesta eleição. "Não vamos ter uma atitude infantil de achar que se vai barrar esse processo de investigação", criticou.

"Se qualquer outro processo precisa ou precisava ser aberto, o que é estranho é que só se fale nisso neste momento em que se está fazendo o debate sobre a Petrobras".

"De um lado vejo como atitude infantil, do outro percebo como se fosse quase uma confissão de que tem alguma coisa errada", repetiu, ao frisar que "as questões da Petrobras não foram criadas por nenhum de nós".

"A Petrobras não perdeu a metade do valor na bolsa por iniciativa nossa; não se endividou quatro vezes mais que era por qualquer decisão nossa; não fomos nós que dissemos que se tivesse tido acesso a todos os documentos não teria votado pela compra da refinaria (Pasadena, nos Estados Unidos) nos termos em que ela foi comprada no estrangeiro".


"Esses problemas foram criados pelo próprio governo e o próprio governo que diz, a própria presidente da Petrobras (Graça Foster) que diz que não vai ficar pedra sobre pedra, que ela vai investigar".

Acrescentou que o Congresso resolveu abrir essa CPI para também investigar - assim como está sendo investigado pelo Ministério Público, pela Policia Federal, pela própria direção da Petrobras e pelas empresas de auditoria que fazem o controle interno na empresa. Campos disse não saber do objeto de uma eventual investigação no Porto de Suape. "Absolutamente", desconversou.

Projeto.

O projeto Pernambuco Tridimensional usa a metodologia de aerofotogrametria, terá investimentos de R$ 19 milhões em parceria com o Banco Mundial, e prazo de conclusão de 15 meses. Quando concluído, todo o mapeamento será disponibilizado na internet.

"Será economia de recursos, trabalho e tempo", adiantou o governador, ao lembrar que Pernambuco será o primeiro Estado brasileiro a contar com esta ferramenta.

Campos se desincompatibiliza do cargo no dia 4 de abril e no dia 13 viaja para Brasília. No dia 14 terá uma reunião para definir a agenda nacional a ser cumprida, que inclui debate do programa presidencial, visita a Estados e diálogo com os diversos setores da sociedade.

"Teremos um ponto de apoio em Brasília e o comando da campanha será em São Paulo", afirmou. Antes de viajar, dedicará uma semana à família. "Foi um Termo de Ajuste de Conduta que assinei em casa com Renata (a primeira dama)", brincou ele. "Vou cumprir à risca".

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