Brasil

Amoêdo encosta em Ciro em pesquisa do BTG; Lula e Bolsonaro lideram

Quando não foram apresentados os nomes dos candidatos, Amoêdo ultrapassou Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva na intenção de votos

João Amoêdo, do partido Novo, durante campanha à Presidência. (Yolanda Prezentino/Partido Novo/Divulgação)

João Amoêdo, do partido Novo, durante campanha à Presidência. (Yolanda Prezentino/Partido Novo/Divulgação)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 09h00.

Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 15h58.

São Paulo — Mesmo preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua liderando as pesquisas de intenção de votos nos cenários em que é apresentado como candidato, de acordo com um novo levantamento produzido pelo banco de investimentos BTG Pactual e divulgado nesta segunda-feira (27).

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como BR-06062/2018, e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos 2 mil eleitores por telefone nos dias 25 e 26 de agosto.

Nas respostas espontâneas, Lula é citado por 26% dos entrevistados; no cenário estimulado (quando os nomes dos candidatos são apresentados), ele chega a 35% das intenções de voto.

O segundo colocado da lista, o deputado Jair Bolsonaro (PSL), é citado por 19% das pessoas no levantamento espontâneo, por 22% no cenário com Lula, e lidera com 24% das intenções de voto no cenário sem Lula.

A surpresa da pesquisa fica por conta do banqueiro João Amoêdo (Novo): no levantamento espontâneo, ele aparece como terceiro nome mais citado, com 3% das intenções de voto, à frente de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB), que têm, cada um, 2% das respostas na pesquisa (a diferença ainda está dentro da margem de erro).

No cenário estimulado e com Lula, Amoêdo tem 4% das intenções de voto, atrás de Marina Silva (9%), mas encostado, dentro da margem de erro, em Geraldo Alckmin (6%) e Ciro Gomes (5%).

Sem Lula no páreo, a intenção de voto em Marina Silva sobe para 15%; em Alckmin, para 9%; em Ciro, 8%.

Fernando Haddad, provável substituto de Lula caso ele não possa concorrer, passa para 5% e João Amoêdo mantém seus 4%.

Pesquisa espontânea

CandidatoIntenções de voto
Lula26%
Bolsonaro19%
João Amoêdo3%
Geraldo Alckmin2%
Marina Silva2%
Ciro Gomes2%
Alvaro Dias1%
Outros1%
Ninguém/nenhum15%
Branco/Nulo5%
Não sabe23%
Não respondeu2%

Cenário 1 de pesquisa estimulada (com Lula)

CandidatoIntenções de voto
Lula35%
Jair Bolsonaro22%
Marina Silva9%
Geraldo Alckmin6%
Ciro Gomes5%
João Amoêdo4%
Alvaro Dias2%
Guilherme Boulos1%
Henrique Meirelles1%
Outros1%
Ninguém/nenhum9%
Branco/nulo2%
Não sabe3%
Não respondeu1%

Cenário 2 de pesquisa estimulada (sem Lula)

CandidatoIntenções de voto
Jair Bolsonaro24%
Marina Silva15%
Geraldo Alckmin9%
Ciro Gomes8%
Fernando Haddad5%
João Amoêdo4%
Alvaro Dias3%
Henrique Meirelles1%
Guilherme Boulos1%
Cabo Daciolo1%
Outros2%
Ninguém/nenhum18%
Branco/nulo5%
Não sabe4%
Não respondeu1%

Transferência de votos de Lula

O ex-presidente Lula está preso desde abril após condenação em segunda instância no caso do tríplex no Guarujá. Como é pouco provável que ele vá participar das eleições, embora continue liderando as pesquisas, é importante saber para onde migram os seus votos caso ele não esteja na disputa.

Segundo o levantamento do BTG, 17% dos eleitores de Lula migram para Marina Silva; outros 12%, para Fernando Haddad; e fatias iguais de 9% se distribuem entre Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin.

A grande maioria, porém, passa a responder que não votaria em nenhum dos candidatos (25%). Outros 8% dizem que votam branco ou nulo, e 5% afirmam que não sabem.

Acompanhe tudo sobre:BTG PactualCiro GomesEleições 2018Fernando HaddadGeraldo AlckminJair BolsonaroJoão AmoêdoLuiz Inácio Lula da SilvaMarina SilvaPesquisas eleitoraisTSE

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe