Polícia Militar: no primeiro depoimento, o jovem contou que seu parceiro estava armado e teria efetuado, ao todo, três disparos contra policiais (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2016 às 17h16.
São Paulo - O menino de 11 anos que estava junto com a criança de 10 morta com um tiro na cabeça por um policial militar, enquanto tentava fugir com um carro furtado, na noite desta quinta-feira, 2, na Vila Andrade, zona sul de São Paulo, foi para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar novo depoimento.
Ele está sendo ouvido por policiais civis na tarde desta sexta-feira, 3, na sede do departamento, no centro da cidade.
No primeiro depoimento, o jovem contou que seu parceiro estava armado e teria efetuado, ao todo, três disparos contra policiais militares antes de ser atingido por um tiro.
O menino morto era, também, o motorista do veículo furtado. O carro havia sido pego em um condomínio distante cerca de 300 metros do local do tiroteio. A criança morreu no local.
O corpo do jovem morto já foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) Oeste, na Vila Leopoldina, e aguarda providências da família para que seja velado e enterrado.
De acordo com a PM, policiais faziam patrulhamento por volta das 19h15 na altura do número 835 da Rua José Ramon Urtiza quando viram um carro furtado na região.
O motorista teria fugido da abordagem, e os PMs iniciaram perseguição, que só terminou após o veículo colidir em um ônibus e um caminhão.
O garoto de 11 anos afirmou que, após as batidas no ônibus e no caminhão, o amigo atirou na direção dos PMs, momento em que houve o revide. Ele foi alvejado na cabeça e morreu no local.
O outro menino sofreu escoriações na face decorrentes das colisões do carro no coletivo e no caminhão. A arma calibre 38 usada pelo menino foi apreendida.