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Ambientalistas desenvolvem ferramenta que rastreia madeira ilegal

Bolsa de Madeira Responsável utiliza dados do governo e mapas de satélite para ajudar compradores e vendedores a verificar a procedência da madeira

Corte ilegal é responsável por cerca de 90 por cento do desmatamento no Brasil (Paulo Vitale/Veja)

Corte ilegal é responsável por cerca de 90 por cento do desmatamento no Brasil (Paulo Vitale/Veja)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 12h35.

Rio de Janeiro - As empresas que querem comprar madeira brasileira sem contribuir para o desmatamento ilegal têm uma nova ferramenta que lhes garante que nenhuma madeira roubada irá entrar em suas cadeias de suprimento: uma plataforma digital que rastreia a origem da madeira, disseram ambientalistas.

A Bolsa de Madeira Responsável, criada pelo grupo conservacionista BVRio, utiliza dados do governo e mapas de satélite para ajudar compradores e vendedores a verificar a procedência e os certificados da madeira.

"A plataforma consegue identificar os riscos de ilegalidade através da cadeia de suprimento", explicou Mauricio de Moura Costa, diretor de operações da BVRio, à Thomson Reuters Foundation.

"Queremos criar um mercado que ajude os compradores a adquirirem madeira legal de forma mais fácil... a devida diligência é muito difícil", disse ele em uma entrevista recente.

O corte ilegal é responsável por cerca de 90 por cento do desmatamento no Brasil, lar das maiores florestas tropicais do mundo, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Acredita-se que mais da metade da madeira tropical comercializada globalmente vem do corte ilegal, afirmou Costa.

As empresas que roubam madeira com frequência estão envolvidas em outros crimes, como trabalho forçado e grilagem, que expulsam comunidades indígenas e prejudicam o meio ambiente, dizem autoridades.

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