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Alvaro Dias elogia 'implacabilidade' do STF no mensalão

O líder lembrou que contra o STF houve a "pressão oficial" por parte de pessoas ligadas ao governo

Álvaro Dias, líder do PSDB, quer conseguir assinaturas no bloco independente do PMDB para a CPI (José Cruz/ABr)

Álvaro Dias, líder do PSDB, quer conseguir assinaturas no bloco independente do PMDB para a CPI (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 18h16.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 17h15.

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse nesta segunda-feira que mais importante do que o período da pena de prisão imposta ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu é a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) de não se render à pressão para poupar os mensaleiros. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. "Foi pouco", avalia. "Mas o importante não é a duração da pena e, sim, a postura de implacabilidade adotada pelo Supremo".

O líder lembrou que contra o STF houve a "pressão oficial" por parte de pessoas ligadas ao governo, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e a pressão da sociedade interessada na punição de corruptos. Ele acredita que os "expedientes técnicos" do processo foram bem explorados pelos ministros a ponto de tornar inevitável a "decisão fulminante" contra os envolvidos no esquema do mensalão.

"Não importa o número de anos da condenação e, sim, o gesto de condenar. Acabou a complacência e atendeu às expectativas da nação", afirmou o senador. O tucano entende que o julgamento do mensalão é o marco de um novo rumo para a Justiça brasileira.

Mensalão mineiro

Sobre o julgamento do mensalão mineiro, o líder do PSDB disse que o esquema, "sendo mensalão ou outra coisa", deve ser julgado o quanto antes. Foi assim chamado o esquema de desvio de recursos públicos e financiamento irregular na campanha eleitoral de 1998, de reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB). "E quem cometeu erro tem de ser condenado", defendeu. Ele acredita que o processo ainda não foi julgado porque não foi denunciado pelo PT de Minas Gerais, como deveria ter ocorrido.

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