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Álvaro Dias afirma que Meirelles vai ser julgado no lugar de Temer

Pré-candidato do Podemos disse também que não selará aliança eleitoral com os três maiores partidos do país - PT, PSDB e MDB

Álvaro Dias: "Não há como não imputar responsabilidade a quem tem participado ostensivamente dos governos que levaram o País a essa situação de tragédia política e de caos administrativo" (Pedro França/Agência Senado/Reprodução)

Álvaro Dias: "Não há como não imputar responsabilidade a quem tem participado ostensivamente dos governos que levaram o País a essa situação de tragédia política e de caos administrativo" (Pedro França/Agência Senado/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2018 às 16h58.

Brasília - O pré-candidato do Podemos a presidente da República, senador Álvaro Dias (PR), afirmou nesta terça-feira, 22, que não selará aliança eleitoral com os três maiores partidos do País - PT, PSDB e MDB - e que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, lançado mais cedo como nome do Palácio do Planalto na disputa, deve ser julgado nas urnas no lugar do presidente Michel Temer. Meirelles também foi presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Lula (PT).

"Não há como não imputar responsabilidade a quem tem participado ostensivamente dos governos que levaram o País a essa situação de tragédia política e de caos administrativo", disse Dias.

"Eu não participaria de uma aliança com partidos que foram sustentáculos desse sistema que estou combatendo e advogando a sua substituição pelo que chamo de refundação da República. O presidente da República deixou de ser julgado pela Justiça enquanto presidente, porque conseguiu da Câmara salvo-conduto, impedimento para instauração de inquérito. Quem sabe agora o povo possa julgá-lo nas eleições tendo o candidato apontado por ele como alvo desse julgamento."

Dias falou que sua proposta de refundação da República passa pelo enxugamento da administração pública direta para 15 ministérios, privatização de estatais não ligadas à segurança nacional, redução no número de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores nos Parlamentos, além da eliminação de privilégios de autoridades.

Ao comentar a alta no valor dos combustíveis, Dias afirmou discordar da autorização, dada pelo presidente Michel Temer, para que o presidente da Petrobras decida sobre reajustes nos preços.

Ele disse também que a solução para redução do preço para o consumidor final passa pela diminuição de tributos no setor e pela reforma tributária que impacte mais a renda e menos o consumo.

"A questão maior é a carga tributária, especialmente nos Estados. Por isso, a reivindicação para o governo federal é a redução da cobrança do imposto sobre os combustíveis, PIS/Cofins... O governo tem condição de reduzir esses impostos para diminuir a carga que sobrecarrega caminhoneiros, mas não só eles. Todos os consumidores brasileiros são prejudicados com esses aumentos abusivos do custo do óleo diesel, do gás e da gasolina", disse o senador.

"É evidente que o presidente da Petrobras quer recuperar a empresa do rombo enorme do assalto praticado contra a nossa Petrobras, mas o presidente da República tem que ter visão global dos problemas do País. O que eu vejo é que quando o dólar sobe, sobe o preço dos combustíveis. Mas quando o dólar cede, o preço dos combustíveis não cede."

Questionado sobre suspeitas sobre o patrimônio do senador Romário, pré-candidato do Podemos ao governo do Rio, Dias disse que caberia ao aliado e ex-jogador de futebol responder: "Ele tem a bola na marca do pênalti e vai fazer o gol. Cabe a ele responder. Esse café requentado ele mata no peito e manda para o gol".

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