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Alunos temem "manobra" e decidem manter ocupações

Estudantes: os estudantes não estão convencidos dos argumentos do governo estadual


	Estudantes: os estudantes não estão convencidos dos argumentos do governo estadual
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

Estudantes: os estudantes não estão convencidos dos argumentos do governo estadual (Rovena Rosa / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2015 às 12h18.

São Paulo - Alunos à frente das ocupações das escolas estaduais classificaram ontem a suspensão da reorganização da rede e a queda do secretário da Educação, Herman Voorwald, como uma "manobra" do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para acabar com as invasões e enfraquecer o movimento.

Eles exigem a revogação do decreto que estabelece a mudança - o que deve ser feito hoje - antes de desocupar as escolas e querem punição aos PMs que acusam de agir de forma violenta nos protestos. O governo informou que os casos serão discutidos individualmente.

Um comunicado foi feito ontem pelo comando das ocupações. A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, afirmou que as invasões devem continuar - ontem, 196 escolas estavam tomadas no Estado, de acordo com a Secretaria da Educação.

"Não estamos convencidos dos argumentos do governo. Uma coisa é o Alckmin dizer para a mídia que vai suspender, outra é ele de fato revogar."

Ela criticou o argumento de que 2,9 mil salas de aula estariam ociosas e, por isso, a reorganização seria necessária. "Não estamos convencidos. A ociosidade é resultado do abandono das escolas. Não vamos desistir ou nos retirar das ocupações."

A porta-voz dos estudantes da Escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste, Mariah Alessandra, de 18 anos, diz que o governo quer desviar o foco das invasões que, para ela, devem continuar.

"É uma manobra para enfraquecer o movimento." Segundo ela, os estudantes vão participar das audiências públicas com o governo e querem que seja estabelecido um cronograma para elas. Eles decidiram ainda marcar um protesto para quarta-feira.

Para Vanessa Alves, de 16 anos, do grêmio estudantil da escola Brigadeiro Gavião Peixoto, a maior do Estado, em Perus, na zona oeste, Alckmin quer apenas parar o movimento, pois mais escolas seriam ocupadas. 

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