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Alunos ocupam prédio da UFSCar em protesto contra reajuste de refeição

O câmpus de Sorocaba possui três mil alunos e cerca de 1,5 mil fazem as refeições diárias no restaurante universitário

UFScar: nesta segunda-feira, 7, o valor cobrado dos alunos pela refeição passou de R$ 1,80 para R$ 4 (Divulgação/Divulgação)

UFScar: nesta segunda-feira, 7, o valor cobrado dos alunos pela refeição passou de R$ 1,80 para R$ 4 (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2018 às 18h55.

Sorocaba - Em protesto contra um reajuste de 120% no valor das refeições, estudantes ocuparam nesta terça-feira, 8, dois prédios com salas de aulas e o refeitório da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), câmpus de Sorocaba, interior de São Paulo.

Nesta segunda-feira, 7, o valor cobrado dos alunos pela refeição passou de R$ 1,80 para R$ 4. De acordo com a estudante Ana Carolina Bertolucci, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o aumento foi decidido sem qualquer discussão com os alunos, gerando um clima de insatisfação.

Dos dez prédios da universidade em Sorocaba, dois foram ocupados pelos alunos, o AT2, de aulas teóricas, e o ATLab, que reúne aulas teóricas e laboratório. Também o restaurante universitário ficou ocupado no horário de almoço.

O câmpus de Sorocaba possui três mil alunos e cerca de 1,5 mil fazem as refeições diárias no restaurante universitário. Conforme a direção da Ufscar, as ocupações estão prejudicando as aulas e as pesquisas em laboratório, além de ter impedido o almoço de estudantes, docentes e funcionários.

Em nota, a Ufscar informou que o Conselho de Administração da universidade aprovou no último dia 27 ajustes no valor das refeições dos restaurantes universitários dos quatro campi da Ufscar "com o objetivo de garantir a manutenção do serviço de alimentação à comunidade universitária".

Segundo a nota, os estudantes que fazem parte do Programa de Alimentação Estudantil (PAE) continuarão tendo acesso gratuito aos restaurantes. Também foi criada uma nova categoria para beneficiar com o valor antigo, sem reajuste, alunos com renda familiar per capita até 1,5 salário mínimo. A reitoria informou que está buscando manter ativos os serviços e procurando diálogo com a comunidade estudantil.

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