Brasil

Alunos da USP Leste ocupam diretoria

Os alunos apoiam à ocupação da reitoria da USP e a greve geral por eleições diretas para reitor, além de exigir a regularização das questões ambientais


	USP Leste: os alunos também pedem o afastamento do vice-diretor e do diretor interino da EACH
 (LottusF1/Wikimedia Commons)

USP Leste: os alunos também pedem o afastamento do vice-diretor e do diretor interino da EACH (LottusF1/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 08h49.

São Paulo - Em apoio à ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e à greve geral por eleições diretas para reitor, os alunos da USP Leste ocuparam nesta quarta-feira, 02, a diretoria da unidade, pedindo também o afastamento do vice-diretor e diretor interino da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Edson Leite, e a regularização das questões ambientais.

"A luta é por uma democratização e transparência de toda a universidade", afirmou Marcelo Fernandes, 23 anos, estudante do 4º ano de Gestão de Políticas Públicas, na USP Leste. Desde 10 de setembro, alunos, professores e funcionários estão em greve na unidade pedindo que a universidade cumpra as exigências feitas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para despoluição do solo contaminado da USP Leste e pelo afastamento de Leite.

Nesta quarta, por volta do meio dia, durante uma reunião entre o diretor interino e os coordenadores dos programas de pós-graduação, representantes dos alunos pediram novamente a renúncia de Leite, mas, segundo eles, o diretor interino se recusou a sair "alegando que ‘não seria elegante’".

Os alunos aguardam uma reunião entre o reitor da USP e o diretor interino da USP Leste, na quinta-feira, 03, para decidir se vão desocupar o prédio. Segundo a assessoria da USP Leste, nenhum membro da administração da unidade irá se pronunciar. Disse também que, até as 18h desta quarta os alunos ocupavam o corredor do edifício da direção, mas não entraram em nenhuma sala e não houve qualquer tipo de depredação.

Assembleias

Até as 20h desta quarta-feira ocorriam assembleias em todas as unidades da USP para que cada curso votasse se iria aderir ou não à greve geral. O prédio da antiga reitoria foi ocupado durante a tarde de terça depois de o Conselho Universitário, máxima instância da instituição, não atender às mudanças pedidas pelo corpo discente para a escolha do reitor, como a eleição direta.

Além da ocupação da reitoria e da greve, estavam nas pautas das assembleias de cada unidade o pedido para anular as decisões do Conselho Universitário, um plebiscito para escolha da forma de eleição de reitor, a realização de nova reunião do conselho e o adiamento das eleições para reitor.

O Diretório Central Acadêmico (DCE) da USP convocou ainda, para as 18h de quinta-feira uma assembleia geral para decidir sobre os rumos da greve e da ocupação da reitoria, iniciadas na terça-feira.

Nesta quarta o departamento permanecia ocupado. Os alunos dormiam nos corredores e no sofá da recepção da reitoria. Segundo os estudantes, o clima estava calmo e não houve aproximação da polícia ou da guarda universitária. Pela manhã, alguns cursos tiveram aulas normais, como na Faculdade de Economia e Administração, na Escola Politécnica e no Instituto de Geociências.

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEnsino superiorFaculdades e universidadesProtestosProtestos no BrasilUSP

Mais de Brasil

Alexandre de Moraes manda para PGR e tira sigilo de relatório da PF que indiciou Bolsonaro

Aneel libera bônus de R$ 1,3 bi de Itaipu para aliviar contas de luz em janeiro de 2025

PF realiza nova operação para apurar suposta venda de decisões judiciais

O que é Estado de Sítio, que Bolsonaro admite ter avaliado em 2022