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Alunos da Unicamp deixam prédio da reitoria

Estudantes fizeram mutirão de limpeza do prédio durante fim de semana e enumeraram vidros de janelas quebrados para que Diretório Central Estudantil faça reparo


	Entrada da Unicamp: invasão da reitoria aconteceu há 19 dias, como reação ao anúncio de que seria autorizado policiamento dentro da universidade
 (Creative Commons)

Entrada da Unicamp: invasão da reitoria aconteceu há 19 dias, como reação ao anúncio de que seria autorizado policiamento dentro da universidade (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 15h11.

Campinas - Os alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desocuparam na tarde desta segunda-feira, 21, o prédio da reitoria, invadido desde o dia 3 em protesto contra a permissão de entrada da Polícia Militar no campus.

Os estudantes fizeram um mutirão de limpeza do prédio durante o final de semana e enumeraram os vidros das janelas quebrados para que o Diretório Central Estudantil (DCE) faça o reparo.

Um comitiva da reitoria, encabeçada pelo coordenador-geral da Unicamp, Álvaro Crosta, entrou no prédio por volta das 13h para avaliar os estragos deixados pelos estudantes. Segundo Crosta, há portas e janelas quebradas e uma nova pintura do prédio terá que ser feita por causa das pichações.

Durante a desocupação, cerca de 200 estudantes fizeram uma manifestação, com apresentação de teatro, marchinhas e rojões. Uma faixa com os dizeres "A luta só começou" foi deixada na cobertura do prédio.

A desocupação foi aprovada na quarta-feira da semana passada após o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, declarar que não permitiria a entrada da PM para policiamento ostensivo dentro da universidade, em Campinas, Limeira e Piracicaba, e também iniciaria uma discussão para a contratação de vigias concursados para fazer a segurança nos campus.

Hoje, 250 homens terceirizados fazem o serviço.

A invasão da reitoria aconteceu há 19 dias, como reação ao anúncio de que seria autorizado o policiamento dentro da universidade.

A medida foi uma resposta da reitoria à cobrança por mais segurança, após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande, de 21 anos, durante uma festa clandestina no campus, no dia 21 de setembro.

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