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Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 16h01.
São Paulo - Uma eventual elevação da Selic em 0,75 ponto percentual - acima do consenso de mercado (0,5 p.p.) - na reunião do Comitê de Política Monetaria (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (19) seria “um pouco exagerada”.
A análise é do sócio-diretor da RC Consultores Fábio Silveira, que participou do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
Quando assumiu o Banco Central, Henrique Meirelles promoveu uma alta de 0,5 ponto nos juros básicos na primeira reunião do Copom. O economista Fábio Silveira rejeita a avaliação de alguns analistas de que uma alta de 0,75 p.p. na Selic - superior à de Meirelles - fortaleceria o novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. “Eu acho que essa comparação não procede. A análise de cada momento econômico, financeiro e principalmente do comportamento da inflação é que deve determinar a avaliação mais precisa. Esse tipo de interpretação não tem uma muita relevância.”
O sócio-diretor da RC Consultores prevê que os juros só serão reduzidos no ano que vem. “Em 2011, infelizmente, devido à forte alta dos preços das matérias-primas no mercado internacional - não só de alimentos, mas de outros insumos também - e por conta do aquecimento do mercado doméstico e da majoração de alugueis em percentuais elevados, não haverá espaço para que a Selic tenha queda.”
Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), o sócio-diretor da RC Consultores avalia o impacto do câmbio na inflação, faz projeções para os preços das commodities no mercado internacional e comenta outras medidas que o Banco Central pode adotar.