Brasil

Alta da inadimplência deve restringir crédito, diz CNDL

Segundo o presidente da entidade, "O índice nesse patamar sinaliza luz amarela"

O crescimento das compras de natal também influenciou a inadimplência (Sean Gallup/Getty Images)

O crescimento das compras de natal também influenciou a inadimplência (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 12h54.

Brasília - O aumento de 10,23% na inadimplência no varejo em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, deve deixar os lojistas mais exigentes ao conceder crédito. A avaliação foi feita hoje pelo presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pelizzaro Junior. "O índice nesse patamar sinaliza luz amarela. O varejo deve aumentar as exigências na hora de vender à prazo", avaliou.

Segundo ele, porém, o aumento dos registros também está relacionado ao crescimento de mais de 11% nas vendas a prazo no Natal de 2010. "Se o crescimento da inadimplência fosse analisado de forma isolada seria muito mais preocupante. Mas os registros em fevereiro se devem a compras realizadas em dezembro", completou.

Diante desse cenário, Pelizzaro prevê que os registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em março devem ser menores do que foram em fevereiro. "Março também deve ter vendas maiores, porque tem mais dias. Por outro lado, há o 'efeito carnaval', que paralisa as vendas do País durante cinco dias", ponderou.

Segundo o dirigente, o crescimento de 6,44% na consultas ao SPC em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2010, indica um aumento nas vendas a prazo no período. Parte delas está relacionada com a compra de materiais escolares. "O 'fator volta às aulas' é extremamente significativo, e as famílias com mais filhos alongam o prazo. Além disso, devido aos compromissos de início do ano, muitos consumidores preferem ficar com dinheiro no bolso e parcelar suas compras", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCréditoInadimplênciaVarejo

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho