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"Tenha santa paciência", diz Aloysio sobre fechar fronteira com Venezuela

Roraima entrou com ação no STF para exigir que fechamento temporário da fronteira com Venezuela e repasse de recursos adicionais para suprir custos

Aloysio Nunes: "O governo federal está fazendo muito, ajudando tanto o governo do Estado, como as prefeituras" (Kham/Reuters)

Aloysio Nunes: "O governo federal está fazendo muito, ajudando tanto o governo do Estado, como as prefeituras" (Kham/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2018 às 17h32.

Última atualização em 13 de abril de 2018 às 17h49.

Lima - O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, criticou nesta sexta-feira a decisão do governo de Roraima de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo o reforço das ações de segurança na fronteira do Estado com a Venezuela, incluindo o fechamento do acesso de venezuelanos.

"Essa é uma ideia... tenha santa paciência", reagiu o ministro ao ser indagado sobre a ação do governo de Roraima.

Aloysio, que está em Lima para a Cúpula das Américas, desconhecia a informação de que a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), entrara com um pedido para que o STF obrigue a União a fortalecer a fiscalização na fronteira com a Venezuela em segurança, saúde e vigilância sanitária, incluindo o pedido de que a fronteira seja fechada até que essa ações sejam aplicadas.

Ao ser informado do caso, Aloyisio defendeu o governo federal.

"O governo federal está fazendo muito, está ajudando tanto o governo do Estado quanto as prefeituras. Nós temos recursos, temos gente ajudando, temos colaboração com a sociedade civil. Estamos fazendo muito e vamos fazer tudo que for necessário", afirmou.

Mais cedo, ao anunciar a ação, a governadora de Roraima disse que já buscou "incontáveis vezes" tratar do tema com o governo federal, citando até reunião com o próprio presidente Michel Temer.

"O Estado está já impactado, ele está sobrecarregado. Como é que o menor Estado da Federação, nós temos 520 mil habitantes, de repente nós temos um acréscimo de 10 por cento da nossa população", disse, em entrevista coletiva em Brasília.

Para a governadora, falta na fronteira um controle maior sobre quem entra no país por parte do governo federal. "Exigir o cartão de vacinação, exigir antecedentes criminais, documentação, inspeção de veículos, de pessoas, temos que ter uma medida de conter esse fluxo."

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