Brasil

Aloysio Nunes diz que rombo nas contas públicas "tem que parar"

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi a 1ª a discursar contra a PEC, ela insistiu que a PEC irá reduzir os recursos disponíveis para áreas sociais

Aloysio Nunes: "Queremos consertar o Brasil e tirar o País da recessão. Queremos discutir o orçamento a sério e acabar com a nova matriz econômica dos governos do PT" (Lia de Paula/Agência Senado)

Aloysio Nunes: "Queremos consertar o Brasil e tirar o País da recessão. Queremos discutir o orçamento a sério e acabar com a nova matriz econômica dos governos do PT" (Lia de Paula/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 19h25.

Brasília - O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) discursou nesta terça-feira, 29, no plenário da Casa em defesa da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece o teto para o crescimento dos gastos públicos federais por 20 anos.

Ele citou dados que apontam o fraco desempenho da indústria e da economia para ilustrar a crise econômica brasileira. "São seis trimestres seguidos de recessão e 12 milhões de desempregados", elencou.

O senador também apontou o rombo nas contas públicas, com déficits primários seguidos nos últimos anos. "Isso tem que parar", enfatizou.

"Queremos consertar o Brasil e tirar o País da recessão. Queremos discutir o orçamento a sério e acabar com a nova matriz econômica dos governos do PT", completou.

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi a primeira a discursar contra a PEC. Ela insistiu na tese de que a PEC irá reduzir os recursos disponíveis para áreas sociais.

"Saúde e Educação vão ser afetadas sim. A PEC vai afetar as pessoas mais pobres para fazer economia para pagar juros da dívida", acusou. "Vamos deixar o salário mínimo sem reajuste", completou.

Gleisi propôs que o Plenário vote projetos que reduzem a verba de gabinete dos parlamentares e que acabam com a vitaliciedade dos planos de saúde de ex-senadores.

"Se queremos fazer de fato economia, comecemos por nós. Não é demagogia. Não é possível reduzir o salário mínimo e continuarmos com nosso salário", afirmou.

A senadora defendeu que a crise econômica atual é conjuntural e rebateu acusações feitas ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Não é verdade que os governos do PT foram perdulários. Fizemos superávit primário por dez anos e conseguimos reduzir a dívida pública", alegou.

Gleisi ainda insistiu para que as galerias do Plenário do Senado sejam abertas para o público. "Quem tem medo do povo aqui?", questionou.

Acompanhe tudo sobre:PEC do TetoSenado

Mais de Brasil

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA

Operação da PF contra Bolsonaro traz preocupação sobre negociação entre Brasil e EUA, diz pesquisa

Tornozeleira eletrônica foi imposta por Moares por “atos de terceiros”, diz defesa de Bolsonaro

Após operação da PF contra Bolsonaro, Lula diz que será candidato a reeleição em 2026