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Aliados se esforçam para manter vivo movimento Aezão

Sem saber o futuro do fenômeno Marina, muitos peemedebistas concentraram esforços em suas próprias eleições e na de Pezão


	Pezão durante caminhada no bairro Campo Lindo em Seropédica
 (Lucas Figueiredo/Pezão 15)

Pezão durante caminhada no bairro Campo Lindo em Seropédica (Lucas Figueiredo/Pezão 15)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 20h18.

Rio de Janeiro - Com a entrada da ex-ministra Marina Silva (PSB) na disputa presidencial, os aliados no Rio de Janeiro do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, se esforçam para manter vivo o movimento "Aezão", que surgiu de uma dissidência do PMDB-RJ inconformada com a candidata própria do PT ao governo do Estado e passou a pregar o voto conjunto no tucano e no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Aécio já tinha a dificuldade de não contar com a presença de Pezão, que anuncia apoio à presidente Dilma Rousseff, em atividades de campanha.

No caso dos deputados do PMDB, são poucos os que fazem campanha exclusiva para o tucano. Muitos dividem o material de campanha entre Aécio e Dilma, com o argumento de que fazem "dobradinha" com aliados dos dois presidenciáveis.

Sem saber o futuro do fenômeno Marina, muitos peemedebistas concentraram esforços em suas próprias eleições e na de Pezão. Na definição de um peemedebista, a fase é de observar até onde vai a "onda" Marina Silva.

"A turma não trai Aécio, mas também não namora", define o parlamentar sobre a etapa atual da campanha. Segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, Dilma tem 38% no Estado, Marina tem 30% e Aécio, 11%.

Ontem, depois de almoçar com a presidente Dilma em um restaurante popular, o candidato do PR a governador, Anthony Garotinho, disse que o PMDB abandonou Aécio e citou dois deputados influentes do partido, o líder na Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo.

"Fiquei sabendo que deu vendaval em Saquarema e Jacarepaguá e derrubou todas as placas do Paulo Melo e do Eduardo Cunha com o Aécio", ironizou Garotinho, citando os redutos eleitorais dos peemedebistas.

Cunha e Melo reagiram dizendo que jamais se engajaram na campanha do tucano.

"Não faço campanha com candidato a presidente. Tenho parceria com dez ou quinze deputados estaduais, alguns são Aécio, outros são Dilma. Nunca estive dentro do Aezão. Como líder do partido, minha posição é de neutralidade", diz Cunha.

Paulo Melo diz que é aliado de Dilma, mas que tem o material de sua campanha o vincula à presidente, a Aécio e ao Pastor Everaldo, do PSC. "Tenho apoio de 22 prefeitos, que se dividem entre esses três candidatos a presidente", diz o presidente da Assembleia.

Idealizador do Aezão, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, se mantém firme na aliança com Aécio, ao lado dos dois filhos, Leonardo, deputado federal, e Rafael, estadual.

A família organizou a caminhada de Aécio na Saara, região de comércio popular no centro da capital, na última segunda-feira.

"A hora é de ter sangue frio, esperar passar a turbulência", diz Picciani pai. Na caminhada, quase não havia candidatos do PMDB além dos Picciani. Aécio caminhou ao lado de candidatos de seu partido e outros aliados, como PTB, PP, PPS e PSD.

Um dos fundadores do "Aezão", o deputado estadual Edson Albertassi (PMDB) disse não ter ido à Saara porque já tinha um compromisso de campanha agendado, mas reiterou estar "100% com Aécio e Pezão"e informou que pediu ao comando nacional da campanha uma visita do tucano a Volta Redonda, no sul fluminense.

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