Delegado Waldir e Eduardo Bolsonaro: em crise interna, PSL se dividiu na tentativa de decidir líder do partido na Câmara (Agência Câmara/Reuters/Montagem/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de outubro de 2019 às 17h36.
Última atualização em 17 de outubro de 2019 às 18h26.
Quatro deputados do PSL assinaram ao mesmo tempo os pedidos para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fosse líder da bancada do partido na Câmara e também puseram os próprios nomes na solicitação para que o líder Delegado Waldir (PSL-GO) permanecesse no cargo.
Os nomes que aparecem em todos os três documentos da "guerra de listas" do PSL são os dos deputados Daniel Silveira (RJ), Luiz Lima (RJ), Coronel Chrisóstomo (RO) e Professor Joziel (RJ). Segundo Silveira, a assinatura em todas as listas foi uma estratégia.
Ele, que faz parte do grupo de parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, disse que a ideia foi deixar o outro grupo "relaxado" de que já tinham maioria e parasse de coletar mais adesões. Silveira afirma ainda que novas listas devem ser protocoladas pelo grupo que quer Eduardo Bolsonaro como líder.
No entanto, hoje, a Casa já bateu o martelo sobre os documentos registrados ontem, 16, e manteve Delegado Waldir na liderança. A tática feita pelo grupo "bolsonarista" nesta quarta-feira de inscrever duas relações com requerimentos de destituição de Delegado Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a função falhou.
Ao conferir as assinaturas no documento, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora invalidou um nome na primeira tentativa e três na outra. Com isso, o papel apresentado pelo grupo ligado ao presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), teve um maior número de nomes e prevaleceu, com o pedido de manutenção de Delegado Waldir. A Secretaria-Geral da Mesa formalizou nesta tarde a decisão de mantê-lo na função.