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Após críticas, Caiado diz que decisões de Bolsonaro não "alcançarão Goiás"

Governador de Goiás disse que não pode concordar com presidente que vem a público sem ter consideração com seus aliados

Ronaldo Caiado governador de Goiás (José Cruz/Fotos Públicas)

Ronaldo Caiado governador de Goiás (José Cruz/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de março de 2020 às 13h15.

Última atualização em 25 de março de 2020 às 13h20.

Em resposta ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta quarta-feira (25) que as decisões federais na área de saúde não alcançarão o estado de Goiás.

Nesta manhã, Bolsonaro voltou a criticar a recomendação de governantes pelo confinamento total das pessoas e defendeu que apenas pessoas no grupo de risco do novo coronavírus fiquem em casa.

"Quero deixar claro com muita tranquilidade, mas com autoridade de governador e o juramento de médico, que as decisões do presidente da República na área de saúde em relação ao coronavírus não alcançarão o estado de Goiás", afirmou em entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas redes sociais.

Caiado informou que suas decisões para o Estado relacionadas à crise causada pela covid-19 serão pautadas em indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do corpo técnico do Ministério da Saúde.

"Não posso admitir e concordar com um presidente que vem a público sem ter consideração com seus aliados, sem ter respeito", disse.

O governador afirmou que não há dúvidas de que haverá crise econômica e que o desemprego aumentará, mas que não adianta que o presidente "lave as mãos" e responsabilize os demais governantes.

Ele deixou claro que sua decisão é uma iniciativa própria. "Não existe aqui uma situação orquestrada com demais governadores", declarou Caiado.

Ao G1, o governador afirmou que não tem mais diálogo com o governo. "Não tem mais diálogo com este homem. As coisas têm que ter um ponto final ".

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