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Aliado cobra renúncia de Cunha da presidência da Câmara

O deputado Laerte Bessa cobrou publicamente que o peemedebista renuncie à presidência da Câmara


	Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "queria até pedir ao senhor Eduardo Cunha que, para o bem do Brasil, renunciasse ao seu cargo de presidente da Casa", disse deputado
 (Adriano Machado/Reuters)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "queria até pedir ao senhor Eduardo Cunha que, para o bem do Brasil, renunciasse ao seu cargo de presidente da Casa", disse deputado (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 23h47.

Brasília - Um dia após votar contra a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) cobrou publicamente nesta quarta-feira, 15, que o peemedebista renuncie à presidência da Câmara.

O parlamentar do Distrito Federal disse que votou a favor do peemedebista, por entender que ele não tinha mentido de que não possui contas secretas no exterior, mas que, a partir de agora, não poderá ir contra a decisão do conselho, pois o colegiado é "soberano".

"Quero dizer a todos que o Conselho de Ética é soberano. O Conselho votou pela cassação do senhor Eduardo Cunha. Não posso ir contra o Conselho de Ética. Sou contra qualquer manobra agora que venha atrapalhar essa decisão do Conselho de ética", disse em discurso na tribuna da Câmara.

"Queria até pedir ao senhor Eduardo Cunha que, para o bem do Brasil, renunciasse ao seu cargo de presidente da Casa. É difícil falar isso, mas é uma situação que o Brasil não está suportando e a Casa não está suportando. Não podemos passar por isso", acrescentou.

Bessa foi autor de um dos 9 votos contrários ao parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) e que pedia a cassação de Cunha. O parlamentar era considerado um dos principais membros da chamada "tropa de choque" do peemedebista no Conselho de Ética.

O pedido de renúncia feito por Bessa demonstra que Cunha vem perdendo apoio na Câmara. Nos bastidores, outros aliados já admitem que dificilmente votarão a favor dele no plenário, quando a votação será aberta, o que aumenta a pressão popular sobre eles.

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