-
1. Alexandre Tombini (assumirá o BC em 2011)
zoom_out_map
1/10 (DIVULGAÇÃO/Ordem dos Economistas do Brasil)
São Paulo - Indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff, Alexandre Tombini deve se tornar o 25º presidente do Banco Central (BC) do Brasil (a lista não inclui os presidentes interinos). Ao assumir o cargo em janeiro de 2011, ele substituirá o atual chefe da instituição, Henrique Meirelles, no cargo desde janeiro de 2003. Tombini é funcionário de carreira do BC, e atualmente ocupa o cargo de diretor de Normas da autoridade monetária. Especialistas afirmam que, pelo perfil do futuro presidente, é esperada uma maior proximidade entre as decisões do banco e as do Ministério da Fazenda. Ainda não se sabe qual será a taxa de juros do início do mandato de Tombini, mas a expectativa dos analistas é de manutenção em 10,75% ao ano, ou um aumento de até 0,50 ponto percentual, já que a projeção do mercado para a inflação tem indicado alta. Relembre os últimos 10 presidentes do Banco Central
-
2. Henrique Meirelles (2003 - 2010)
zoom_out_map
2/10 (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo - Henrique de Campos Meirelles, economista de formação, é o atual presidente do Banco Central, e deve deixar o cargo em janeiro de 2011. Ele assumiu o comando do banco em janeiro de 2003, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nome defendido por Lula durante todo o seu mandato, conduziu a política monetária do país durante os anos da grave crise mundial. Ficou conhecido por tomar decisões mais conservadoras no ajuste das taxas de juros. À época em que Meirelles foi nomeado, vigorava no Brasil uma das maiores taxas de juros da década, 25% ao ano. Em sua última reunião como presidente do banco, é esperado que ele mantenha a Selic em 10,75%, ou opte por elevar a taxa, uma vez que as projeções do mercado apontam alta da inflação.
-
3. Armínio Fraga (1999 - 2003)
zoom_out_map
3/10 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
São Paulo - O economista Armínio Fraga Neto foi presidente do Banco Central durante os últimos anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, entre março de 1999 e janeiro de 2003. Atualmente, ele é o principal acionista da Gávea Investimentos, e preside o Conselho de Administração da BM&FBovespa. Quando assumiu o cargo no BC, a taxa básica da economia estava em 25% ao ano. Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a decisão foi por elevar a Selic a 45% ao ano, a maior taxa desde que as reuniões do Copom começaram, em 1996. Ao final do período de Fraga no BC, a taxa retornou aos 25% ao ano.
-
4. Gustavo Franco (08/1997 - 03/1999)
zoom_out_map
4/10 (Raul Junior/VOCÊ S/A)
São Paulo - Gustavo Henrique de Barroso Franco, economista, ocupou a presidência do Banco Central do Brasil entre agosto de 1997 e março de 1999, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Antes de assumir o cargo máximo da autoridade monetária, Franco foi secretário de política econômica do Ministério da Fazenda. Ele teve participação ativa na criação, implantação e administração do Plano Real. Quando chegou à presidência do BC, a taxa Selic era calculada com parâmetros diferentes dos atuais. À época, o juro básico da economia era fixado na expressão mensal, e a taxa estava em 1,58% ao mês. Em janeiro de 1998 a projeção Selic passou a ser anual. Por isso, quando Franco deixou o cargo, ela estava no patamar de 25% ao ano. Entre a gestão de Gustavo Franco e a de Armínio Fraga, o economista Francisco Lopes assumiu interinamente a presidência. Portanto, o Banco Central não o considera na lista dos presidentes da instituição.
-
5. Gustavo Loyola (11/1992 - 03/1993; 06/1995 - 08/1997)
zoom_out_map
5/10 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
São Paulo - Gustavo Jorge Laboissière Loyola ocupou a presidência do Banco Central do Brasil em dois períodos distintos. Seu primeiro mandato começou em novembro de 1992, pouco antes do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Deixou o cargo em março de 1993. Durante o segundo período à frente do BC, que foi de junho de 1995 a agosto de 1997, Loyola criou o elogiado Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), o qual livrou o país de uma séria crise bancária. Quando deixou o cargo no segundo mandato, a Selic estava em 1,58% ao mês.
-
6. Pérsio Arida (01/1995 - 06/1995)
zoom_out_map
6/10 (Bia Parreiras/EXAME)
São Paulo - Pérsio Arida, economista de formação, antes de fazer parte do governo, participou do movimento estudantil e fez oposição à ditadura. Foi presidente do Banco Central entre janeiro e junho de 1995, depois de ter participado ativamente da criação do Plano Real. Antes disso, o economista já havia acumulado experiência considerável em política monetária. Ele foi um dos idealizadores do Plano Cruzado, em 1986, durante o governo de José Sarney.
-
7. Pedro Malan (09/1993 - 12/1994)
zoom_out_map
7/10 (Bia Parreiras/EXAME)
São Paulo - Um dos únicos presidentes do Banco Central sem a formação original de economista, Pedro Malan ocupou o cargo entre setembro de 1993 e dezembro de 1994. Formado em engenharia elétrica, Malan depois obteve doutorado em economia pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Durante o governo de Fernando Collor, o engenheiro trabalhou como responsável pela reestruturação da dívida externa brasileira. Junto com outros economistas que chegariam à presidência do BC nos anos seguintes, Malan foi também responsável por arquitetar o Plano Real, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
-
8. Paulo César Ximenes (03/1993 - 09/1993)
zoom_out_map
8/10 (Arquivo/EXAME)
São Paulo - Paulo César Ximenes Alves Ferreira é economista, e esteve à frente do Banco Central do Brasil entre março e setembro de 1993, no fim do governo de Itamar Franco. Ele é especializado em Política Monetária pelo Centro de Estudos Monetários Latino-Americanos. À semelhança de Alexandre Tombini, Ximenes também era funcionário de carreira do BC. Ele começou a carreira como escriturário no Banco do Brasil, e de lá foi para o Banco Central em Porto Alegre. A partir de 1979, por três anos, ocupou o cargo de assessor especial do Ministro da Fazenda. Também foi secretário do Tesouro Nacional, tendo assumido o cargo em fevereiro de 1988. (Foto de Ximenes não disponível)
-
9. Francisco Gros (05/1991 - 11/1992)
zoom_out_map
9/10 (Divulgação/VEJA)
São Paulo - O economista Francisco Roberto André Gros começou a carreira como banqueiro de investimentos em 1972, em Wall Street, nos Estados Unidos. Em 1975 voltou ao Brasil para assumir a direção de uma corretora. Entre 1977 e 1981, foi diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Depois de ter ocupado cargos importantes, como a direção do BNDES, assumiu a presidência do Banco Central, cargo que exerceu em 1987 e novamente de março de 1991 até novembro de 1992. No seu segundo período à frente do BC, Francisco Gros foi um dos principais integrantes da equipe econômica que elaborou e conduziu o programa de recuperação e abertura da economia brasileira iniciado em 1991. Ele foi sucedido por Gustavo Loyola, que iniciou seu primeiro período como presidente do Banco.
-
10. Ibrahim Eris (03/1990 - 05/1991)
zoom_out_map
10/10 (Claudio Versiani/VEJA)
São Paulo - Ibrahim Eris , economista turco radicado no Brasil, foi presidente do Banco Central entre março de 1990 e maio de 1991. Durante o tempo à frente da autoridade monetária, Eris fez parte da equipe econômica da ministra Zélia Cardoso de Mello, que implantou o Plano Collor.