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Além de Salvador, Fortaleza e BH também não terão festas de Réveillon

Prefeituras citam que, apesar da vacinação, aumento de casos no exterior, com nova variante, gera cenário de incertezas

O prefeito da capital cearense, José Sarto (PDT) usou suas redes sociais, no final de semana, para anunciar a decisão (Prefeitura de Fortaleza/Divulgação)

O prefeito da capital cearense, José Sarto (PDT) usou suas redes sociais, no final de semana, para anunciar a decisão (Prefeitura de Fortaleza/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 13h36.

Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 13h47.

Em meio ao recrudescimento da pandemia de covid-19 no exterior, grandes cidades brasileiras abriram mão da realização de eventos de Réveillon. Nesta segunda, a prefeitura de Salvador anunciou que não promoverá a festa de virada de ano, decisão tomada também por Fortaleza, no sábado, e a prefeitura de Belo Horizonte informou que "não planejou" o festejo. Já em São Paulo, Rio e Belém, a programação de evento ainda está mantida, mas sob avaliação.

A preocupação com o cenário da covid foi o motivo de cancelamento do Réveillon em Salvador e Fortaleza. O prefeito da capital cearense, José Sarto (PDT) usou suas redes sociais, no final de semana, para anunciar a decisão. No dia anterior, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), já havia proibido grandes eventos para a virada, no estado.

"A prefeitura de Fortaleza não irá promover evento público de Réveillon deste ano, embora a vacinação contra a covid-19 vá bem e os números de internações e óbitos sigam estáveis em níveis baixos. Até chegamos a considerar a possibilidade de realizar nossa tradicional festa da virada, se a situação permitisse, mas não podemos relaxar, sob pena de colocarmos todo o trabalho feito até aqui a perder. O cenário internacional é preocupante e estamos em alerta", escreveu José Sarto.

Por outro lado, eventos particulares poderão ser realizados, seguindo os protocolos. Ainda no sábado, a prefeitura de Fortaleza baixou um decreto municipal em que permite festas de até 2.500 pessoas em ambientes fechados, e de até 5.000 em locais abertos, após deliberação do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19.

Em Salvador, seria realizado o tradicional Festival Virada, que costuma durar pelo menos cinco dias, com shows de grandes artistas, e público de mais de 250.000 pessoas. Nesta segunda, porém, o prefeito da capital, Bruno Reis (DEM), anunciou o cancelamento do evento.

"Os números de óbitos e internações só fazem cair na nossa cidade. Só que, em um cenário de incertezas e dúvidas, não há como realizar Festival Virada, que é um evento para mais de 250.000 pessoas", explicou o prefeito, que ainda não tomou uma decisão em relação ao Carnaval.

Segundo o prefeito, em Salvador 99% da população de mais de 12 anos tomou a primeira dose da vacina, e 81% da mesma faixa tomou as duas doses. No Ceará, 74,2% da população total recebeu duas doses da vacina ou a dose única e são consideradas imunizadas contra a covid-19, conforme o governo do estado; 87,46% dos cearenses receberam pelo menos a primeira dose.

São Paulo, Rio e Belém com programação mantida

Nesta segunda, O Globo entrou em contato com as capitais do país para saber sobre planejamento das festas. A prefeitura de Belo Horizonte informou que não realizou planejamento para Réveillon neste ano e, portanto, não há anúncio de evento. Já as prefeituras de São Paulo e Belém responderam que o calendário de festejo está mantido, contanto que o quadro epidemiológico continue favorável. Ou seja, as condições continuarão sendo avaliadas até a data.

No Rio, a posição é a mesma. Reiteradas vezes, o prefeito Eduardo Paes afirmou que o Réveillon e o Carnaval serão realizados, ainda que destaque a necessidade de embasamento técnico para a decisão. Na semana passada, o governador Cláudio Castro disse que "provavelmente" acontecerá o Réveillon no estado.

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