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Aldo confia em solução para greve no metrô antes da Copa

Ministro do Esporte acredita que a greve no Metrô não será um problema para o torcedor durante a abertura do Mundial

Tropa de choque da polícia dentro da estação Ana Rosa do Metrô, durante o quinto dia de greve (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Tropa de choque da polícia dentro da estação Ana Rosa do Metrô, durante o quinto dia de greve (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 18h26.

Rio de Janeiro - A greve dos metroviários de São Paulo não será um problema para o torcedor chegar à partida de abertura da Copa do Mundo, na próxima quinta-feira, segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que aposta numa solução para a paralisação até o jogo entre Brasil e Croácia.

O metrô é o principal acesso à Arena Corinthians, construída na zona leste da capital paulista, e a greve, que começou na semana passada, causaria grandes transtornos no dia da abertura do Mundial, caso se mantenha.

“Tenha paciência que o problema vai ser resolvido (até a abertura)”, disse Aldo à Reuters no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.  “Não entre em desespero porque o problema vai ser resolvido”, acrescentou ele.

A paralisação dos metroviários de São Paulo por melhores salários começou na quinta-feira passada, deixando milhões de pessoas com problemas para ir e voltar do trabalho. Nesta segunda, houve confronto entre policiais e manifestantes em uma estação de metrô.

A Justiça do Trabalho já considerou a greve ilegal, mas a paralisação continuava no começo desta semana. “Já há uma decisão na Justiça que deve ser cumprida”, afirmou o ministro do Esporte na abertura de um centro de mídia para a Copa do Mundo.

Do lado de fora, cerca de 100 pessoas ligadas a partidos políticos e a professores em greve fizeram um protesto e interditaram uma das faixas da praia de Copacabana durante a presença das autoridade no centro de imprensa.

A jornalistas nacionais e muitos estrangeiros, Aldo disse que o Brasil não vai esconder suas "mazelas" durante o Mundial e sugeriu que o país é tão ou mais seguro, apesar de protestos e conflitos sociais, que países ricos.

"Quero que todos sejam bem-vindos, que se deparem com as nossas mazelas, problemas que não queremos esconder, mas que convivam com as virtudes civilizatórias de uma população que não cultiva o ódio étnico, racial, religioso e que tem tolerância, respeito e convivência", declarou.

Greve no Rio

Os metroviários do Rio de Janeiro fazem assembleias nesta segunda e terça-feiras para definir se também iniciam uma greve nos próximos dias.

Ao contrário de São Paulo, o metrô do Rio é uma concessão privadas e, por enquanto, as autoridades fluminenses acompanham as tratativas entre patrões e empregados.

“Nem sabia que a data-base deles é agora”, afirmou o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, que pretende entrar em contato com a direção do metrô do Rio.

Pezão admitiu que uma eventual greve vai prejudicar o acesso de torcedores ao Maracanã, estádio de encerramento do Mundial e que vai receber sete jogos na Copa do Mundo.

As autoridades vem desde o começo do ano orientando o uso do metrô como melhor acesso ao estádio. “Claro que uma greve prejudica; mas temos alternativas como trem, táxi e vai ter feriado e ponto facultativo para ajudar muito”, afirmou Pezão.

No Rio de Janeiro há outras categorias em greve, como servidores da educação estadual e municipal, servidores da saúde, seguranças de banco e servidores culturais.

“Temos 3 mil museus no Brasil e são 30 em greve... além do que temos muitas outras opções de lazer para os turistas que vão além dos museus”, minimizou a ministra da Cultura, Marta Suplicy.

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