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Alckmin volta a criticar PT após solenidade com Haddad

Alckmin e Haddad estiveram juntos na manhã desta terça-feira, 1, durante cerimônia de anúncio da construção de 126 casas destinadas para habitação social


	Geraldo Alckmin: ao discursar, o governador fez uma breve referência ao prefeito, que contribuiu na parceria com a cessão de terrenos
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: ao discursar, o governador fez uma breve referência ao prefeito, que contribuiu na parceria com a cessão de terrenos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 17h29.

São Paulo - Três dias depois de dizer que "temos que nos livrar desta praga que é o PT", o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), trocou elogios públicos com o prefeito Fernando Haddad e, em particular, reafirmou sua posição de que a inflação, os juros altos e o desemprego são "pragas" da administração petista.

Alckmin e Haddad estiveram juntos na manhã desta terça-feira, 1, durante cerimônia de anúncio da construção de 126 casas destinadas para habitação social no centro da cidade, que serão construídas por meio de Parceria Público Privada (PPP), com participação de Estado e município.

Ao discursar, o governador fez uma breve referência ao prefeito, que contribuiu na parceria com a cessão de terrenos. E ouviu de Haddad um relato sobre o "bom relacionamento" entre prefeitura e governo do Estado.

Após a cerimônia, à reportagem, Alckmin defendeu a relação democrática com os entes federados, mas voltou a criticar o PT.

"Nós temos uma praga que é a inflação, os juros pornográficos, o desemprego, o desvio de dinheiro público. Isso não é obra do acaso. Isso aconteceu pelo governo do PT", disse.

"O juro foi o governo que aumentou e o descontrole das contas públicas foi uma ação política, a corrupção também, enfim", disse.

Questionado se não ficou constrangido em participar de solenidade ao lado de um prefeito cujo partido foi alvo, menos de uma semana antes, de uma de suas mais duras críticas, Alckmin disse que "precisamos fortalecer a federação no Brasil".

"A federação é importante, então há necessidade de fazer parceria tanto em área federal quanto municipal, e com o sentido republicano".

A assessoria do prefeito defendeu a "relação republicana" entre as instâncias de poder para afirmar que não haveria qualquer constrangimento em prefeito e governador participarem da mesma cerimônia dias após as críticas públicas.

"O governador tem direito à opinião dele. Em se tratando de inflação e desemprego, o PSDB não pode acusar o PT de uma prática da qual ele também cometeu quando foi governo".

Meia hora antes, ao discursar na solenidade, Haddad elogiou publicamente "o bom relacionamento" entre governo e prefeitura.

"Tenho que dar um testemunho do bom relacionamento que o governo do Estado e a prefeitura vêm tendo ao longo dos últimos anos", disse.

Segundo o prefeito, "estamos vivendo a demonstração de que os bons projetos da prefeitura vem recebendo apoio do governo do estado e os bons projetos do governo do estado vem recebendo apoio da prefeitura de São Paulo".

No sábado passado, Alckmin fez o mais inflamado dos discursos durante ato político de filiação do governador Pedro Taques ao PSDB.

"Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e dessa praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade", disse ele na ocasião.

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