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Alckmin pretende lançar candidato a líder do PSDB na Câmara

A candidatura, se confirmada, levará a uma disputa entre os três principais chefes da legenda no País: Alckmin, Aécio Neves e José Serra

"Não tem nome ainda, mas, certamente, vamos apresentar", disse o porta-voz de Alckmin (Edson Lopes Jr./Divulgação/Divulgação)

"Não tem nome ainda, mas, certamente, vamos apresentar", disse o porta-voz de Alckmin (Edson Lopes Jr./Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 16h36.

Última atualização em 31 de março de 2017 às 14h41.

Brasília - O grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pretende lançar candidato a líder do PSDB na Câmara, afirmou nesta terça-feira, 18, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado Silvio Torres (SP), secretário-geral do partido e principal aliado do chefe do Executivo estadual na Casa.

A candidatura, se confirmada, levará a uma disputa entre os três principais chefes da legenda no País: Alckmin, o presidente nacional da sigla, senador Aécio Neves (MG), e o ministro das Relações Exteriores e senador licenciado, José Serra (SP). Assim como o governador de São Paulo, Aécio e Serra também devem indicar aliados para a eleição.

"A bancada de São Paulo pretende apresentar um nome", afirmou Torres ao Broadcast Político. De acordo com ele, o nome do candidato do grupo ainda não foi discutido.

"Não tem nome ainda, mas, certamente, vamos apresentar. (...) Só não será eu porque já sou secretário-geral", disse. O pleito está previsto para dezembro.

Embora negue que tenha interesse em ser candidato, deputados tucanos afirmam que Torres vem se movimentando na Câmara para disputar a liderança. Segundo deputados, o aliado de Alckmin vem fazendo mais discursos e falas durante as sessões plenárias e se posicionando mais nas reuniões da bancada.

Estratégia

A candidatura de um aliado a líder da agremiação na Casa faz parte da estratégia de Alckmin para marcar posição nas brigas por espaço na direção partidária e no Congresso, que o PSDB terá direito.

Além da liderança, o partido deve ter um aspirante a presidente da Câmara e a eleição da direção da legenda em 2017.

Como mostrou Broadcast na semana passada, aliados do governador de São Paulo e do ministro das Relações Exteriores defendem um "acordo" para dividir os espaços da sigla, hoje controlados pelo presidente nacional do PSDB.

Fortalecido após a vitória do prefeito eleito da capital paulista, João Doria (PSDB), no primeiro turno, o grupo de Alckmin diz que é preciso "equilibrar" a divisão dos espaços.

Entre os "aecistas", o deputado Marcus Pestana (MG) quer disputar a liderança da agremiação na Câmara, enquanto os deputados Antônio Imbassahy (BA) e Carlos Sampaio (SP) tentam se viabilizar como candidatos a presidente da Casa.

Ligado a Serra, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) tenta tornar viável o próprio nome ou para a liderança ou a Presidência da Câmara.

Segundo tucanos ouvidos pela reportagem, Imbassahy e Jutahy Júnior travam uma competição interna no partido na Bahia pela candidatura ao Senado na eleição de 2018.

Por isso, consideram a vitória nesses confrontos na legenda importantes para fortalecer os próprio nomes para a próxima disputa eleitoral.

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