Brasil

Alckmin oferece R$ 50 mil por informações sobre chacina

Governador anunciou recompensa por informações que ajudem nas investigações sobre as 18 mortes ocorridas em Osasco e Barueri na semana passada


	"A polícia está toda empenhada em esclarecer e prender os criminosos", disse Geraldo Alckmin
 (José Luís da Conceição/Divulgação/Governo de São Paulo)

"A polícia está toda empenhada em esclarecer e prender os criminosos", disse Geraldo Alckmin (José Luís da Conceição/Divulgação/Governo de São Paulo)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 17h29.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (17) uma recompensa da R$ 50 mil por informações que ajudem a elucidar a chacina ocorrida, na Grande São Paulo, na noite da última quinta-feira (13), quando 18 pessoas foram assassinadas, em um intervalo de duas horas, nos municípios de Osasco, Barueri e Itapevi.

Para receber a recompensa, o denunciante deve repassar as informações pelo sistema do Web Denúncia - http://www.webdenuncia.org.br/. A página funciona 24h por dia e garante o anonimato do informante.

"A polícia está toda empenhada em esclarecer e prender os criminosos. Quem tiver informações e der uma indicação que leve ao esclarecimento do crime ou à prisão dos criminosos terá a recompensa", disse o governador.

A oferta é um avanço, na avaliação do ouvidor das polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves: “Para a sociedade civil, isso é uma coisa muito boa. Existe, agora a possibilidade, de elucidar tudo isso daí”.

Outra mudança importante da postura do governo estadual, na opinião de Neves, é que a possibilidade de o crime ter sido cometido por policiais militares está sendo tratada abertamente.

“O próprio governo reconhece a possibilidade de [os culpados] serem policiais militares. Isso é sinal de que está prosperando a esperança para que se acabe com essa sina no estado”, acrescentou.

Para o ouvidor, os indícios da participação de policiais são muito fortes. Segundo ele, o vídeo que mostra os assassinos mascarados rendendo pessoas em um bar antes de executá-las, evidencia o uso de táticas da corporação.

“Quando eles vão colocar aquelas pessoas com a mão na parede, de costas, aquilo é Polícia Militar que faz. É contenção”.

Neves apontou ainda o modo de empunhar a arma e a organização para garantir retaguarda. “Os caras são profissionais e fazem aquele procedimento padrão”, concluiu.

A ação da semana passada é muito parecida, segundo o ouvidor, com a chacina ocorrida em Campinas, interior paulista, em janeiro de 2014. Seis policiais estão sendo processados pelos 12 assassinatos cometidos na ocasião.

“O interessante dessa chacina é que ela é semelhante, de uma forma muito clara, àquela de Campinas, em janeiro do ano passado. Porque começou com a morte de um policial em um posto de combustível”, comentou.

Desta vez, um cabo da PM foi assassinado no último dia 7 em Osasco.

A maior dificuldade em investigações como essa é, de acordo com o ouvidor, a falta de testemunhas.

“É o temor de testemunhar da população. O temor de denunciar, de indicar provas. O próprio investigante, a autoridade, precisa de materiais para acusar alguém. E de repente fica sem nenhum”.

Hoje, o Secretário de Estado Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes se reuniu com os diretores do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa para falar sobre o caso.

Uma Força Tarefa foi montada para apurar as mortes em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar.

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosBaruericidades-brasileirasCrimeGeraldo AlckminGovernadoresMetrópoles globaisOsasco (SP)PoliciaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSão Paulo capitalViolência policial

Mais de Brasil

Cirurgia de Bolsonaro termina com sucesso, diz Michelle

Após mais de 10 horas, cirurgia de Bolsonaro ainda não acabou

Bolsonaro chega a Brasília, onde pode se submeter a cirurgia

Bolsonaro deixa hospital em Natal e segue para Brasília