Brasil

Alckmin não descarta punir quem exceder uso da água

O governador preferiu, no entanto não usar a palavra "multa"


	Alckmin: "a Arsesp está estudando a questão de você ter um 'plus' para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão"
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Alckmin: "a Arsesp está estudando a questão de você ter um 'plus' para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão" (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 13h36.

São Paulo - Depois de inaugurar obras para melhorias no abastecimento de água, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a possibilidade de implementar multas para os usuários que usam água de forma excessiva continua em estudo pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e pela Procuradoria Geral do Estado.

O governador preferiu, no entanto não usar a palavra "multa". "A Arsesp está estudando a questão de você ter um 'plus' para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão."

Questionado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre se era politicamente favorável à medida, Alckmin respondeu que pessoalmente é contra o gasto excessivo, mas disse que a questão ainda precisa ser analisada juridicamente.

Atualmente, o governo estadual trabalha com faixas de economia de água que rendem descontos para o usuário na conta.

O secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, que também participou da inauguração, disse que o governo tem dado preferência em trabalhar com o conceito de bônus e com estímulo à economia que com o conceito de punição.

"Estamos acreditando nas pessoas e não é sem razão, porque o resultado tem sido positivo", disse.

Inauguração

O governador e Arce, ao lado da presidente da Sabesp, Dilma Pena, inauguraram hoje uma série de obras que somam R$ 152,1 milhões em investimentos.

A principal é a ampliação da vazão do sistema Guarapiranga de 14 mil litros por segundo para 15 mil litros por segundo, por meio de um sistema de ultrafiltração.

Segundo o governador, isso permitirá que 300 mil pessoas deixem de ser abastecidas pelo Sistema Cantareira, o principal atingido pela estiagem, e passem a ser atendidas pelo Guarapiranga.

"Daqui a pouco, o Guarapiranga vai passar o Cantareira", disse Alckmin.

A redução do uso do Cantareira foi uma das soluções acordadas pelo governo estadual com a Agência Nacional de Águas (ANA) para liberar o uso do segundo volume morto do sistema.

Considerando a segunda reserva técnica, o Cantareira opera nesta terça-feira com 8,5% da sua capacidade.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEstado de São PauloGeraldo AlckminGovernadoresPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos