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Alckmin mantém chefe da Casa Civil no governo

A decisão foi tomada depois de procurador ter descartado indícios de relações de Edson Aparecido com o caso do cartel no setor metroferroviário


	Geraldo Alckmin: braço direito do governo e principal articulador político de Alckmin, Edson é também o nome mais cotado para assumir a coordenação da campanha do tucano
 (Edson Lopes Jr/Divulgação)

Geraldo Alckmin: braço direito do governo e principal articulador político de Alckmin, Edson é também o nome mais cotado para assumir a coordenação da campanha do tucano (Edson Lopes Jr/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 09h18.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 03, que vai manter Edson Aparecido (PSDB) no comando da Casa Civil, principal pasta da administração estadual.

A decisão foi tomada por Alckmin dois dias depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter descartado indícios de relações de Aparecido com o caso do cartel no setor metroferroviário em São Paulo.

Braço direito do governo e principal articulador político de Alckmin, Edson é também o nome mais cotado para assumir a coordenação da campanha do tucano à reeleição na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

"O Edson permanece e o Julio Semeghini (secretário de Planejamento) também. Eles não serão candidatos, então não há razão (para que saiam)", afirmou ontem o governador durante a inauguração da nova sede da Secretaria de Agricultura, no centro da capital paulista.

Além de anunciar a manutenção de Edson Aparecido na Casa Civil, Alckmin também confirmou a exoneração de seis secretários que vão disputar a eleição deste ano: Bruno Covas (PSDB), José Aníbal (PSDB), Silvio Torres (PSDB), Davi Zaia (PPS), Rodrigo Garcia (DEM) e Edson Giriboni (PV).

Ao contrário de Aparecido, Garcia e Aníbal foram incluídos no pedido enviado por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual ele recomenda que a corte dê prosseguimento às investigações. O procurador afirma ver indícios de envolvimento de Garcia e Aníbal com o esquema que operou em licitações de trens em gestões do PSDB no governo de São Paulo entre 1998 e 2008. Ambos negam as acusações.

As seis exonerações anunciadas por Alckmin serão publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial. Os cargos serão preenchidos temporariamente pelos secretários adjuntos até a semana que vem, quando o governador deve fechar os nomes do primeiro escalão. "Só vamos nomear os secretários em definitivo na semana que vem. Os responsáveis assumem durante essa semana."

Garcia indicou dois nomes ao governador para substituí-lo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico: o economista Marcos Cintra e João Octaviano Machado Neto, superintendente da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD).

Para a Secretaria de Gestão, controlada pelo PPS, dois nomes foram colocados na mesa para substituir Zaia: Vladimir Caputo, ex-presidente da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo, e Alex Manente, deputado estadual.

O favorito para substituir Bruno Covas (PSDB) no comando do Meio Ambiente é o ex-presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) Walter Lazarini. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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