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Alckmin elege ACM Neto 'presidente' da coligação tucana

Pelo acordo fechado com o Centrão, o PSDB vai apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara

Geraldo Alckmin (Ueslei Marcelino/Reuters)

Geraldo Alckmin (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 08h26.

Última atualização em 11 de agosto de 2018 às 08h51.

São Paulo - O ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, nomeou o prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, como "presidente" da coligação de nove partidos que formam aliança em torno de seu nome ao Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do tucano, o gesto é um afago ao DEM e sinaliza que a sigla terá protagonismo não só na condução da campanha mas também em um eventual governo. Pelo acordo fechado com as legendas do Centrão, o PSDB vai apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara caso ele seja eleito para mais uma mandato como deputado.

Em entrevistas e discursos, Alckmin tem usado o argumento de que fez a aliança pela governabilidade. O nome de ACM Neto foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, o prefeito passou a ser o responsável pela chapa junto ao tribunal.

"Ele (ACM Neto) não é candidato nesta eleição e tem expressão nacional", disse o deputado federal Silvio Torres (SP), tesoureiro do PSDB. Segundo ele, ACM Neto já era o principal interlocutor de Alckmin junto aos partidos do Centrão.

Com a escolha, o ex-governador atende a um pedido do DEM de retirar na linha de frente da campanha o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Ex-coordenador político da pré-campanha tucana, Perillo é adversário do senador Ronaldo Caiado (DEM) em Goiás. A exigência foi colocada na mesa de negociação com os partidos do Centrão.

Após ser pressionado pelos partidos da coligação para abrir espaço na coordenação de sua campanha, Alckmin decidiu criar um conselho político. A medida será anunciada em uma reunião na terça-feira em Brasília. Perillo será o representante do PSDB no colegiado, que também contará com os presidentes do PR, PP, Solidariedade, PRB, PPS, PSD e PTB.

Programa. O PSDB pretende apresentar na semana que vem um documento de 60 páginas que será o plano de governo Alckmin. O texto foi produzido por um grupo de especialistas em várias áreas e não foi submetido aos partidos do Centrão, o que gerou reclamação dos aliados.

Para contornar o mal-estar, a campanha de Alckmin adiou a divulgação do programa que deveria ter sido lançado na convenção tucana, que aconteceu no último sábado, em Brasília. A ideia agora é que os dirigentes dos partidos aliados elaborem as metas do programa de governo.

Bolsonaro. Além da ocupação de espaços na campanha, a estratégia de Alckmin no primeiro turno da eleição também será discutida pelos aliados na primeira reunião do conselho político.

Parte do grupo avalia que o tucano precisa adotar um tom mais agressivo e mirar no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) para conseguir chegar ao segundo turno. O tema também divide auxiliares de Alckmin, que resiste a ideia.

A expectativa de aliados era de que o ex-governador deflagrasse a estratégia durante o primeiro debate entre presidenciáveis realizado anteontem pela da TV Bandeirantes. Para surpresa até se deu entorno, Alckmin evitou o confronto, poupou Bolsonaro e direcionou a maioria das perguntas para a ex-ministra Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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