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Alckmin diz que não vai apoiar ajuste fiscal nem CPMF

Governador de São Paulo disse que governo federal precisa enxugar seu tamanho


	Geraldo Alckmin sobre CPMF: "Não vai ter o nosso apoio. O que é preciso é enxugar o tamanho do governo"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin sobre CPMF: "Não vai ter o nosso apoio. O que é preciso é enxugar o tamanho do governo" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2015 às 12h58.

Campinas - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse neste sábado, 19, em Campinas, que seu governo não vai apoiar o plano de ajuste fiscal do governo federal e a possível recriação de uma contribuição nos moldes da extinta CPMF. "Não vai ter o nosso apoio. O que é preciso é enxugar o tamanho do governo", afirmou.

Ele disse que, ao perceber a crise, o governo de São Paulo fez o dever de casa, tendo fechado uma secretaria e três fundações - a quarta ainda será extinta. "Vendemos um avião a jato, um helicóptero, reduzimos frota de automóveis, diárias, horas extras", relatou.

Segundo Alckmin, o Brasil tem governo demais e Produto Interno Bruto (PIB) de menos. "Como não cabe um no outro, a tentação é aumentar impostos para equilibrar as contas, o que, num momento de recessão, vai agravar a crise. Em momentos excepcionais isso até pode ser necessário, mas o primeiro esforço tem de ser de redução de despesas", disse o governador, que participa hoje do 4º Fórum Nacional de Agronegócios.

Ainda segundo Alckmin, o governo precisa voltar a crescer. Se o País não retomar o crescimento, o ajuste fiscal não funciona porque a arrecadação vai cair mais. O foco está equivocado e a solução, de aumentar a carga tributária, ainda mais.

Perguntado sobre a afirmação do ministro Gilmar Mendes, de que o Brasil vive uma cleptocracia, Alckmin disse que é necessário apoiar a investigação que está em curso.

"Estamos passando por um processo importante de investigação, apuração e punição, o que é fundamental. Os crimes do colarinho branco, você tem em muitos lugares, o que não pode ter é impunidade. O que a gente verifica é que não são casos isolados. Você tem de maneira mais sistêmica na área federal, e principalmente no caso das estatais, uma promiscuidade entre o público e o privado que precisa ser corrigida."

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