Brasil

Alckmin diz que apoiará Temer e que impeachment vira página

O governador defendeu que a discussão "ideológica" seja deixada de lado e que o País encare a troca de presidentes unificado


	Geraldo Alckmin: "Vamos ajudar. O grande desafio é o emprego. A economia brasileira derreteu nos últimos dois anos"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: "Vamos ajudar. O grande desafio é o emprego. A economia brasileira derreteu nos últimos dois anos" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 16h51.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que, com a aprovação do impeachment, o Brasil "vai virar uma página" e diz que o foco do governo Temer deve ser a economia.

"Vamos ajudar. O grande desafio é o emprego. A economia brasileira derreteu nos últimos dois anos, especialmente nos últimos dois meses. Estamos aí com quase 2 milhões de desempregados. O foco tem que ser o social e o social é retomar o emprego".

O governador defendeu que a discussão "ideológica" seja deixada de lado e que o País encare a troca de presidentes unificado.

"Acho que não é mais uma discussão ideológica. Tem algumas reformas que são necessárias para o crescimento do país, para a competitividade. Elas não devem ser objeto mais de luta política. Devem unir a todos para ajudar a executá-las. Então todas essas medidas são do interesse do país. O futuro presidente Temer pode contar conosco", afirmou na manhã desta quarta-feira, 11, horas antes da votação do impeachment no Senado.

Alckmin prometeu ser "parceiro" de Temer nos próximos dois anos e defendeu reforma no sistema eleitoral brasileiro.

"Acho que o Brasil passa um momento difícil, do ponto de vista econômico e social. Temos de trabalhar para mudar esse cenário, senão os velhos fantasmas vão voltar. Não é possível ter 35 partidos no Brasil, 25 na Câmara Federal. Suprima a causa e o efeito cessa, dizem na Medicina. Temos o melhor modelo de apuração eleitoral do mundo com a urna eletrônica. E, ao mesmo tempo, o pior sistema político-partidário da face da terra. Exaurido, falido, monstrengo. Precisa ser corrigido. Não é difícil e nem é mudando a constituição. Proibindo coligação eleitoral, já reduz a sete ou oito partidos. Reforma político partidária é urgente".

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminGovernadoresImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSenado

Mais de Brasil

Após maior leilão de mídia aeroportuária da história, Aena quer licitar 400 lojas em aeroportos

'Extrema-direita não voltará a governar esse país', diz Lula sobre eleições de 2026

Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli

Projeto que anula aumento do IOF deve ser pautado na terça, diz Hugo Motta