Brasil

Alckmin defende ação da polícia sobre "infiltrados"

"As manifestações são sempre positivas e fazem parte da democracia. O que não é possível, e a polícia tem de agir, é contra a depredação dos bens públicos e privados e a segurança das pessoas", afirmou Alckmin

Manifestante é detido por policiais após protesto contra aumento da tarifa de ônibus em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Manifestante é detido por policiais após protesto contra aumento da tarifa de ônibus em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 12h53.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu a ação da polícia sobre o que chamou de "infiltrados" na manifestação realizada ontem pelos integrantes e simpatizantes do Movimento Passe Livre na capital. Alckmin afirmou que a manifestação em si foi "nota 10".

"As manifestações são sempre positivas e fazem parte da democracia. O que não é possível, e a polícia tem de agir, é contra a depredação dos bens públicos e privados e a segurança das pessoas", afirmou Alckmin.

"A polícia tem de agir. Se houver algum exagero (no uso de gás lacrimogêneo, balas de borracha violência), a polícia tem a corregedoria", disse o governador, logo depois de inaugurar a UTI adulta do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste da capital paulista. Por conta dos episódios durante a manifestação de ontem, Alckmin afirmou que 53 pessoas foram detidas, "dessas, 19 por roubo".

O governador afirmou que espera para o início de fevereiro a votação do projeto de lei que dá passe livre de ônibus, trem e metrô para os estudantes de escolas públicas dos ensinos básico (fundamental e médio) e técnico. De acordo com o PL, os estudantes do ensino superior da rede pública, classificados como de baixa renda, e os alunos de universidades particulares cadastrados em programas sociais, como o ProUni, também terão direito à gratuidade. O projeto tramita na Assembleia Legislativa e foi encaminhado, segundo Alckmin, em regime de urgência.

Ao ser questionado se essa proposta será suficiente para responder às demandas dos manifestantes, Alckmin respondeu que o projeto de lei se soma a outras ações. Somadas, as iniciativas, na avaliação do governador, são uma boa resposta ao que pede parte da população.

Além da gratuidade para estudantes, Alckmin citou a existência do passe livre para idosos, desempregados e portadores de deficiência e também a explicação do por que a passagem ter aumentado tanto - de R$ 3,00 para R$ 3,50. "Ficamos sem reajuste desde 2011. E, infelizmente, a inflação no Brasil não é baixa", disse. Alckmin destacou que o reajuste de quase 17% foi menor que a inflação acumulada no período. (Karla Spotorno).

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilProtestoscidades-brasileirasMetrópoles globaisSão Paulo capitalTransportesProtestos no BrasilTransporte públicoGovernadoresGeraldo AlckminÔnibus

Mais de Brasil

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão da PF

Senado vai votar PL Antifacção na próxima semana, diz Davi Alcolumbre

Entrega de 1ª escola de PPP de SP deve ser antecipada para início de 2026

Após prisão, PL suspende salários e atividades partidárias de Bolsonaro