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Alckmin cria grupo para preparar plano em caso de rodízio

O plano vai "detalhar as ações de curto e médio prazos para o gerenciamento e minimização dos efeitos da estiagem"


	Governador Geraldo Alckmin: caso ele seja implementado, o cenário mais provável é de 4 dias sem água e 2 com
 (José Cruz/Agência Brasil)

Governador Geraldo Alckmin: caso ele seja implementado, o cenário mais provável é de 4 dias sem água e 2 com (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 11h31.

São Paulo - Após pressão de prefeitos da Grande São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) criou um grupo executivo dentro do Comitê de Crise Hídrica para preparar um plano de contingência que será implementado caso a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adote um rodízio oficial no abastecimento de água na região onde vivem 20 milhões de pessoas.

Segundo resolução publicada nesta quarta-feira, 4, no Diário Oficial do Estado pelo secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, que também é o coordenador do comitê, o plano vai "detalhar as ações de curto e médio prazos para o gerenciamento e minimização dos efeitos da estiagem" e será "implementado para o caso de agravamento da crise hídrica e a inexistência de condições de oferta de água aos usuários de recursos hídricos ou consumidores das redes públicas de abastecimento".

O grupo será composto por 7 integrantes, cada um indicado pelo seguintes órgãos: Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, Sabesp, Defesa Civil, Secretaria da Segurança Pública, Prefeitura de São Paulo, universidades e pelas entidades da sociedade civil que integram o Comitê de Crise Hídrica, criado por Alckmin no início do mês passado após pressão de prefeitos da Grande São Paulo.

Segundo a resolução, o grupo "terá duração até a data da apresentação da versão final do Plano de Contingência ao CCH". Esta data, contudo, não foi definida no documento.

Na última segunda-feira, 2, Braga disse ao jornal O Estado de S. Paulo que vai aguardar o fim deste mês, que marca o término do período chuvoso no Sudeste, para definir se haverá ou não rodízio oficial de água na Grande São Paulo.

Caso ele seja implementado, o cenário mais provável é de 4 dias sem água e 2 com, conforme o Estado antecipou em janeiro.

O secretário comemorou as chuvas de fevereiro, que ficaram mais de 60% acima da média e mais do que triplicaram a entrada de água no Sistema Cantareira, mas disse que as previsões climáticas para os meses de março, abril e maio são preocupantes.

Embora descarte o rodízio no momento, a Sabesp já reduz a pressão da água a praticamente zero e fecha o registro manualmente de 40% da rede durante boa parte do dia, provocando longos cortes no abastecimento de água, conforme o Estado revelou no mês passado.

Para o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, a medida é necessária para "evitar o pior", que seria o rodízio, e não configura um "racionamento sistêmico" na Região Metropolitana.

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