Brasil

Alckmin cita dia histórico com reativação do CNDI e possível votação da reforma tributária

As declarações foram dadas na reunião que marca a reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto

Geraldo Alckmin: Após sete anos paralisado, o CNDI retoma suas atividades sob forte pressão da indústria brasileira (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Geraldo Alckmin: Após sete anos paralisado, o CNDI retoma suas atividades sob forte pressão da indústria brasileira (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de julho de 2023 às 13h04.

Última atualização em 6 de julho de 2023 às 13h06.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, fez um aceno à votação da reforma tributária no Congresso, que deve ocorrer a partir das 18h desta quinta-feira, 6, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O vice-presidente ressaltou que a matéria será fundamental para a economia brasileira. As declarações foram dadas na reunião que marca a reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto.

"É uma boa sinergia: no dia em que é instalado o CNDI é o dia que se deve votar a reforma tributária", disse Alckmin, cumprimentando os ministros envolvidos na discussão. "No dia em que se instala o Conselho, há a possibilidade de termos um dia histórico, que é a aprovação da reforma tributária que vai ser fundamental para a economia brasileira."

Após sete anos paralisado, o CNDI retoma suas atividades sob forte pressão da indústria brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que colocou Alckmin no comando do ministério que atende ao setor, assumiu o governo com a promessa de recuperar as bases industriais do País, num cenário de reclamação de falta de investimentos, de carência de estímulos à inovação e de concorrência desleal em relação a produtos que chegam do exterior.

Foram mais de 115 mil veículos vendidos em menos de 4 semanas, diz Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que foram vendidos mais de 115 mil veículos em menos de quatro semanas com o programa incentivo ao setor automotivo, lançado pelo governo federal no início de junho. Em declaração durante reunião que marca a reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), ele reiterou que o programa foi um sucesso.

"O programa automotivo foi um sucesso em poucas semanas, foram R$ 500 milhões de crédito tributário para pessoa física", disse o ministro. "Foi interessante porque mesmo os carros acima de R$ 120 mil aumentaram muito a venda, porque despertou o interesse das pessoas para procurarem as revendas."

No discurso, Alckmin fez um balanço das medidas já tomadas pelo governo federal, como o novo Padis, com a inclusão de energia solar. Em uma avaliação sobre o cenário brasileiro, o vice-presidente destacou uma "precoce" desindustrialização do País.

Dentre a retomada de programas implementados, o ministro destacou que o governo trabalha para reduzir a dependência de importação de fertilizantes, citou o comitê "gás para Indústria" dentro do programa Gás para Empregar e a plataforma de comércio eletrônico, que é onde será feito o acompanhamento do setor industrial de forma permanente.

O que é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI)?

Além de apresentar oficialmente as sete missões definidas pelo comitê executivo do CNDI em maio, o governo também quer levar no encontro de hoje as fontes e os volumes de recursos disponíveis para financiar o fortalecimento industrial nos próximos quatro anos.

As missões definidas pelo CNDI em maio apontam para um desenho de política industrial:

  • Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para erradicar a fome;
  • Complexo da saúde resiliente para a prevenção e o tratamento de doenças;
  • Infraestrutura sustentável para a integração produtiva;
  • Transformação digital da indústria;
  • Descarbonização da Indústria,
  • viabilização da transição energética e bioeconomia;
  • Tecnologias críticas para a soberania e a defesa nacionais; 
  • Moradia e mobilidade sustentáveis para o bem-estar nas grandes cidades.

No total, 16 entidades industriais têm assento no CDNI, além de três centrais sindicais (CUT, Força e UGT), Embraer e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Presidido pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o colegiado é vinculado à Presidência da República. A formação ainda conta com vinte ministros do governo e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Acompanhe tudo sobre:IndústriaGeraldo Alckmin

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pde sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua