Brasil

Alckmin atribui atraso das estações à responsabilidade fiscal

A conclusão da Linha 5-Lilás do metrô chegou a ser prometida para 2014, mas parou por suspeita de cartéis de empresas de engenharia e de trens no projeto

Alckmin: "Não gastamos mais do que arrecadamos" (José Cruz/Agência Brasil)

Alckmin: "Não gastamos mais do que arrecadamos" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 15h37.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), inaugurou nesta quarta-feira, 6, três novas estações da Linha 5-Lilás do metrô, as primeiras da rede em três anos.

A conclusão dessa linha chegou a ser prometida para 2014, mas parou por suspeita de cartéis de empresas de engenharia e de trens no projeto. Alckmin atribuiu os atrasos à política de austeridade fiscal de sua gestão.

As estações abertas foram Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, na zona sul da capital paulista.

"Se você pegar Nova York, Tóquio e Cidade do México, todas foram feitas com ajuda do governo federal. Não gastamos mais do que arrecadamos. Senão vira o governo federal, que quebra", disse o governador. As novas estações adicionam 2,8 quilômetros de metrô à capital e devem beneficiar cerca de 60 mil pessoas, de acordo com cálculos do governo.

Na cerimônia, ele disse que seu governo é o único que investe no Brasil, em momento onde alguns Estados enfrentam dificuldades para pagar a folha salarial.

"Boa política fiscal não tem déficit, mas deixa espaço para investir. Sem investimento não tem crescimento", disse Alckmin, que já deixou claro sua pretensão de concorrer à presidência da República no ano que vem.

Apesar dos avanços, a linha 5-Lilás continua separada da rede metroviária da capital, sendo interligada apenas à linha 9-Esmeralda da CPTM.

A previsão é de que a conexão com as demais linhas do metrô aconteça até o início do ano que vem. Iniciada em 1998, a linha tem sete estações que ainda estão em construção.

Segundo Alckmin, até o fim do ano, devem ser inauguradas também as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin. No "início do ano", promete ele, deve começar a funcionar a estação Campo Belo.

Operação reduzida

Por um período de 60 a 70 dias, as três novas estações funcionarão de forma parcial e gratuita de segunda-feira a sábado, das 10 às 15 horas, incluindo feriados.

Após esse prazo, o horário e o período de funcionamento serão ampliados gradativamente até atingir a operação diária comum ao resto da rede, das 4h40 à meia-noite, nos dias úteis.

Durante o período inicial, as novas estações funcionarão com um trem exclusivo, que contemplará o trecho entre Brooklin e Adolfo Pinheiro.

Os usuários que seguirão o trajeto da linha deverão desembarcar e pegar um outro trem, mediante o pagamento da passagem. Na inauguração, Alckmin ressaltou que as novas estações têm estrutura "sustentável", que valoriza a luz natural.

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminGovernadoresMetrô de São Paulosao-pauloTransporte público

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos