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Alckmin ataca Padilha do PT e lembra o mensalão

Os ataques ao candidato, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, abriram a propaganda tucana


	Alckmin: até a semana passada, ele mantinha os ataques diretos focados a Skaf
 (Divulgação/Facebook/Geraldo Alckmin)

Alckmin: até a semana passada, ele mantinha os ataques diretos focados a Skaf (Divulgação/Facebook/Geraldo Alckmin)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h45.

São Paulo - Após programas seguidos com ataques diretos ao candidato Paulo Skaf (PMDB), a campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, direcionou as críticas ao ex-ministro Alexandre Padilha, no horário eleitoral do rádio desta segunda-feira, 22.

A propaganda procurou enfatizar o vínculo de Padilha com o PT e ainda lembrou a prisão de petistas por envolvimento no mensalão.

Os ataques ao candidato, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, abriram a propaganda tucana e ocuparam 1min32s dos 4min50s a que Alckmin tem direito durante o horário eleitoral.

A exemplo das peças em que Skaf foi o alvo, as críticas não foram feitas pelo governador, mas por locutores do programa, que ao se referir ao adversário enfatizavam a expressão "Padilha do PT".

"Como é que pode querer ser governador de um Estado tão importante quanto São Paulo, se ele não teve competência nem para administrar o Ministério da Saúde", diz um deles.

Os apresentadores mencionaram números negativos atribuídos à gestão do petista na Saúde que, segundo a propaganda, "virou um caos" e "não mandou um tostão" para a administração dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), mantidos pelo governo do estado.

Em um jingle ao som de uma ciranda, a propaganda ainda afirmou que o adversário é "incompetente". "[Padilha] Deixou a saúde doente, deixou ela toda quebrada. Santa incompetência é o Padilha. Santa incompetência é o PT", dizia a música.

Até a semana passada, Alckmin mantinha os ataques diretos focados a Skaf, candidato em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.

Nos dois últimos levantamentos, o candidato do PMDB, que vinha de uma tendência de alta, perdeu cinco pontos porcentuais, de acordo com o Ibope.

Alckmin, que lidera a disputa, chegou a cair três pontos e depois oscilou um ponto para cima. Padilha, que começou a campanha com 5%, passou a ter oito pontos porcentuais.

Desde o início do horário eleitoral, em agosto, Alckmin tem priorizado o rádio veicular ataques aos adversários. Nesta segunda, o trecho antipetista da propaganda terminou com uma referência ao escândalo do mensalão.

"Vocês sabiam que dos últimos quatro candidatos que o PT apresentou para o governo de São Paulo, dois estão presos?", questiona o locutor.

A provocação lembra o ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente do PT José Genoino, ambos presos por envolvimento no escândalo, e que disputaram as eleições estaduais em 1994 e em 2002, respectivamente.

A propaganda petista, por sua vez, nas duas últimas semanas endureceu o discurso e passou a questionar mais o governo Alckmin, que costuma ser apresentado como o candidato das "promessas não cumpridas".

Mote parecido ao explorado por Skaf, que também costuma dedicar os ataques ao tucano.

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